Cerca de 9 bilhões de anos após o Big Bang, em uns dos braços espirais da nossa galáxia, começava a se contrair unia nebulosa de gás e poeira que daria origens ao Sol e aos demais corpos do Sistema Solar. Uma vez que outras estrelas, muito densas e luminosas,existiram e espalharam elementos químicos pesados pelo espaço há muito tempo, a nebulosa solar continha elementos como o carbono, o ferro, o oxigênio, o silício e o alumínio. Isso permitiu a formação dos planetas terrestres (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e de milhares de outros corpos rochosos que habitam nosso sistema: os planetas anões, os satélites, os asteroides e meteoroides.
Pequeno meteorito de Marteque caiu no deserto do Marrocos em 2011. Foto:Darryl Pitt/Macovich Collection
Os meteoroides são fragmentos rochosos que sobraram da formação planetária, ou da colisão de asteroides e cometas. Eles contêm valiosas informações sobre a origem do Sistema Solar uma vez que não passaram por grandes transformações como as rochas terrestres.
Motorista filma passagem de meteoro sobre a Rússia em 2013.
Concepção artística do impacto de um corpo celeste com a Terra.
Meteoro ou Meteorito ?
Quando um meteoróide cruza a atmosfera da Terra ele produz um rastro luminoso, o meteoro, popularmente chamado de estrela cadente. O objeto resultante que se choca com a superfície da Terra, é chamado meteorito.
“Cratera do Meteoro” - Arizona,EUA
Famosa cratera resultante do impacto de um grande meteorito na
Terra há cerca de 50 mil anos. Suas dimensões são de 1,2 km de diâmetro e 170 metros de profundidade.
Eventos catastróficos, como a colisão da Terra com um asteróide, nunca foram presenciados. Poderíamos, portanto, ser levados à conclusão de que nunca aconteceram. Para concluirmos algo sobre o assunto, devemos primeiramente perguntar há quanto tempo a Terra existe e há quanto tempo nela existimos. Estudos de datação das rochas forneceram pistas sobre a idade da Terra, e influenciaram nossa visão sobre a evolução da vida no planeta. Os fósseis encontrados em rochas sedimentares indicam que os seres vivos se transformam de organismos simples para os mais complexos, e que em algum momento do passado certas espécies desapareceram completamente. A superfície terrestre Também se transforma lenta e gradualmente, levando ao entendimento que a Terra existe há muito mais tempo do que se imaginou.
Atualmente os geólogos utilizam o decaimento radioativo para determinar a idade absoluta das rochas (em anos). Ao datá-las, o nosso modo de pensar o tempo, o planeta e a nós mesmos se transformou e descobrimos que ocupamos apenas um breve momento da longa história da Terra: estamos nesse planeta há cerca de 2 milhões de anos. Mas o que significa isso, quando comparado aos 4,6 bilhões de anos do planeta?
ESCALA DO TEMPO GEOLÓGICO Idades em Giga anos (Ga) significam bilhões de anos Idades em Mega Anos (Ma) significam milhões de anos
Fóssil de crânio de Tyrannosaurus Rex. Entre 67 a 65,5 milhões de anos atrás (Período Cretáceo). Acervo do T-Rex Oiscovery Center, Canadá.
Os meteoritos condritos são as rochas mais antigas conhecidas e possuem amostras do material que serviu a formação do Sistema Solar. Sua idade foi determinada a partir da datação deste material.
Os meteoritos que chegam à Terra vem principalmente dessa região do Sistema Solar; compreendida entre as órbitas de Marte e Júpiter.
Como é feita a datação de Meteoritos ?
Radiometria - O Relógio Químico
A dataçâo radiométrica é utilizada para determinar a idade de meteoritos e rochas em anos. E é obtida por meio das taxas de decaimento natural de elementos radioativos encontrados nas rochas.
O decaimento radioativo é uma reação espontânea que ocorre no núcleo de um átomo instável (elemento-pai), que se transforma em um átomo estável (elemento-filho). É um processo que ocorre a uma taxa constante chamada meia-vida. Após o intervalo de tempo de uma meia-vida, a metade da massa original do elemento-pai terá se convertido em elemento-filho.
Na datação de meteoritos, os elementos-pai são o urânio (238U e 235U) e os elementos-filho, o chumbo (206Pb e 207Pb). A meia-vida do 239U é de 4,5 bilhões de anos. Isso significa que a cada 4,5 bilhões de anos metade dos átomos do 238U encontrada na rocha se transforma em átomos de 206Pb. Já os átomos de 235U levam 700 milhões de anos para ter sua metade transformada em átomos de 207Pb. O urânio se desintegra, produzindo chumbo a uma velocidade fixa. A partir da quantidade de chumbo produzida em relação ao urânio original, ou seja, entre os elementos pai e filho, pode-se determinara idade dos meteoritos.
Meia-Vida
No Decaimento radioativo,durante cada unidade de tempo de meia-vida,
a proporção de átomos-pai decresce à metade.
Chuva de meteoros Perseidas
O fenômeno acontece todos os anos do mês de agosto, quando a Terra atravessa uma nuvem de detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle