Mestre de várias gerações de professores e especialistas no vasto campo da Antropologia, o Professor Luiz de Castro Faria começou a sua trajetória profissional em 1938, participando, como representante do Museu Nacional e do Conselho de Fiscalização das Expedições Artisticas e Científicas – CFE –, da última grande expedição etnográfica do século XX, a Expedição à Serra do Norte, chefiada por Claude Lévi-Strauss. Desde 1936 era "praticante gratuito" do Museu Nacional, quando finalizava também o curso sobre Museus, onde ministrou seus primeiros seminários sobre etnografia, arqueologia e antropologia física. Teve também intensa participação nas atividades culturais da cidade, participando do círculo de intelectuais (em torno de Rodrigo Mello Franco de Andrade) ou fundando o Movimento Social Brasileiro, onde deu seus primeiros cursos sobre literatura brasileira. Dedicou-se durante quase todo o século XX à antropologia brasileira.
Nos anos 1940 e 1950 trabalhou intensamente em pesquisa de campo, tendo viajado por quase todo o litoral brasileiro, do Sul ao Nordeste, e pelo Brasil-Central até a Amazônia. Estudou principalmente a cultura social e econômica, atendo-se às diferenças geográficas. Sua metodologia no campo foi a antropologia ecológica, que ele classificou também de Sistemas Econômicos Indígenas, Etnologia Regional e Arqueologia. Na verdade, muito fez pela arqueologia.
A vida profissional foi reconhecida, igualmente, pelo trabalho antropológico, tão sério quanto combativo, e pelo trabalho como professor e orientador de muitas teses. Esse reconhecimento deu-lhe o título de Professor Emérito das duas universidades às quais serviu, a Universidade Federal Fluminense (1979) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), além da medalha de Honra ao Mérito Científico, concedida pelo Presidente da República em 1999, e de outras inúmeras homenagens. Foi exemplo de seriedade intelectual e dignidade pessoal, que sempre transmitiu para seus alunos e colegas. Decano da antropologia brasileira, foi fundador e grande incentivador dos cursos de Antropologia da Universidade Federal Fluminense e de Antropologia Social no Museu Nacional.
Castro Faria pronunciou centenas de palestras e conferências, organizou e presidiu simpósios, seminários, congressos. Vários dos seus pronunciamentos estão reunidos nos dois primeiros volumes de Escritos Exumados. As suas aulas sempre foram famosas e atraíram alunos do país inteiro e também de diferentes ciências que não somente da antropologia. Foi fundador e o primeiro presidente da Associação Brasileira de Antropologia (1954-1956) da qual nunca se desligou. Foi membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, da Sociedade Brasileira de Genética, da Sociedade Brasileira de Anatomia e da Sociedade Brasileira de Geografia. Dentre as associações estrangeiras pertenceu à American Anthropological Association, USA; ao Royal Anthropological Institute of Great Britain e Ireland; à Societé d'Anthropologie de Paris, à Societé d'Ethnographie Française; à American Association of Physical Anthropology e à Assotiation Latino Americana de Sociologia – A.L.A.S.
Castro Faria nasceu em 5 de julho de 1913, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro e morreu, em Niterói, em 16 de agosto de 2001.
Cronologia da vida de Luiz de Castro Faria
Nos anos 1940 e 1950 trabalhou intensamente em pesquisa de campo, tendo viajado por quase todo o litoral brasileiro, do Sul ao Nordeste, e pelo Brasil-Central até a Amazônia. Estudou principalmente a cultura social e econômica, atendo-se às diferenças geográficas. Sua metodologia no campo foi a antropologia ecológica, que ele classificou também de Sistemas Econômicos Indígenas, Etnologia Regional e Arqueologia. Na verdade, muito fez pela arqueologia.
A vida profissional foi reconhecida, igualmente, pelo trabalho antropológico, tão sério quanto combativo, e pelo trabalho como professor e orientador de muitas teses. Esse reconhecimento deu-lhe o título de Professor Emérito das duas universidades às quais serviu, a Universidade Federal Fluminense (1979) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984), além da medalha de Honra ao Mérito Científico, concedida pelo Presidente da República em 1999, e de outras inúmeras homenagens. Foi exemplo de seriedade intelectual e dignidade pessoal, que sempre transmitiu para seus alunos e colegas. Decano da antropologia brasileira, foi fundador e grande incentivador dos cursos de Antropologia da Universidade Federal Fluminense e de Antropologia Social no Museu Nacional.
Castro Faria pronunciou centenas de palestras e conferências, organizou e presidiu simpósios, seminários, congressos. Vários dos seus pronunciamentos estão reunidos nos dois primeiros volumes de Escritos Exumados. As suas aulas sempre foram famosas e atraíram alunos do país inteiro e também de diferentes ciências que não somente da antropologia. Foi fundador e o primeiro presidente da Associação Brasileira de Antropologia (1954-1956) da qual nunca se desligou. Foi membro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, da Sociedade Brasileira de Genética, da Sociedade Brasileira de Anatomia e da Sociedade Brasileira de Geografia. Dentre as associações estrangeiras pertenceu à American Anthropological Association, USA; ao Royal Anthropological Institute of Great Britain e Ireland; à Societé d'Anthropologie de Paris, à Societé d'Ethnographie Française; à American Association of Physical Anthropology e à Assotiation Latino Americana de Sociologia – A.L.A.S.
Castro Faria nasceu em 5 de julho de 1913, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro e morreu, em Niterói, em 16 de agosto de 2001.
Cronologia da vida de Luiz de Castro Faria