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RESTAURAÇÃO DO INSTRUMENTO

A luneta meridiana de Gautier, completamente desmontada quando o projeto foi iniciado, foi restaurada graças à pesquisa minuciosa no acervo do MAST, que permitiu que as peças originais fossem reunidas. Mesmo assim, algumas poucas peças não foram encontradas.

A orientação da restauração da luneta foi no sentido de tratar todas as peças originais e restaurá-las, quando necessário, sem tentar reconstruir as partes perdidas. Uma exceção foram aquelas partes necessárias à própria estruturação do instrumento, como os mancais para apoio ( o peso do instrumento é de cerca de 700 kg ), cujas peças originais não foram encontradas mas foi possível descobrir, no Observatório de Toulouse ( França ), o projeto das mesmas. Foram construídas então réplicas para complementação do instrumento.

O restauro das peças originais consistiu de um trabalho extenso, pelo grande número de peças, e meticuloso, pela complexidade das mesmas. As imagens apresentadas nesse painel são características do processo, que pode ser considerado artesanal, necessitando de muito cuidado e atenção, para chegar ao resultado final que vemos aqui.

O instrumento não será utilizado para fins didáticos de demonstração, não sendo colocado em funcionamento para o público visitante. Na verdade, o instrumento torna-se um símbolo e um elemento didático dentro do espaço de exposição. Essa decisão segue os princípios internacionais de restauro científico, pois ficaram faltando algumas peças do instrumento sem as quais seria impossível fazer a luneta funcionar bem e com segurança.

O aspecto final do instrumento restaurado, que podem admirar aqui, corresponde ao mais próximo do original que foi possível alcançar, sem ferir as regras da restauração científica.


RESTAURAÇÃO DO CONJUNTO DE OBJETOS


Alguns princípios gerais a serem respeitados em processos desse tipo são apresentados a seguir e nortearam a intervenção realizada:

- antes de realizar qualquer intervenção é necessário coletar e estudar toda a documentação existente, que permita conhecer as características do instrumento, sua história, as modificações realizadas e particularidades técnicas;

- todas as etapas devem ser muito bem documentadas e serem, na medida do possível, removíveis;

- evitar qualquer tipo de intervenção e reconstrução supérflua, pois até mesmo o instrumento mais bem restaurado não é mais o original;

- em dúvida deixar as coisas como estão.

Entre os objetos que compunham o conjunto utilizado nesse local, o divã era necessário para que os astrônomos estivessem na posição semi-deitado, necessária às observações pela luneta meridiana. Essa peça de mobiliário foi restaurada a partir de sua estrutura, parte única sobrevivente do original, utilizando então materiais atuais que não se confundissem com o original, de forma que os visitantes tenham a exata noção do que é verdadeiro e do que é reconstruído.

Os instrumentos complementares à luneta, a pêndula, o cronógrafo e o micrômetro, foram identificados no acervo do MAST e colocados em exposição para compor o conjunto de objetos originais. Nenhum desses instrumentos necessitou de restauro.