Brincando com a Ciência

O programa Brincando com a Ciência foi criado em 1986 pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST). O objetivo é oferecer um ambiente interativo em que a brincadeira seja o elemento de aproximação do público com a ciência. A partir de materiais normalmente disponíveis em casa, como garrafas PET, elásticos e tubos de caneta, são construídos os mais diversos experimentos, como o foguete de água, o boliche ecológico, o detetive químico e o avião magnético. Voltada para toda a família, a atividade utiliza princípios científicos para estimular o pensamento, a capacidade de questionar e a criatividade.

Cada aparato materializa um fenômeno científico que pode ser manipulado pelo usuário e gera situações imprevistas ou curiosas, criando, assim, uma atmosfera alegre e descontraída. O usuário procura em si mesmo possíveis explicações para os fatos e se abre espontaneamente para a busca do conhecimento.

O Brincando com a Ciência é realizado na área externa do MAST. Cada aparato é apresentado por um mediador e o público fica livre para escolher aquele com que pretende interagir. Os temas desenvolvidos são: Forças em Ação, Movimento e Equilíbrio, Calor, Planeta Terra, Números e Formas, Choques e Faíscas, Misturando e Combinando e Luz, Cor e Visão.

Uma vez consolidado o programa, em 1991 iniciou-se outra forma de aplicação da atividade. Por demanda dos profissionais de ensino, a experiência transformou-se no Curso de construção de aparatos, voltado para professores de 1° Grau. A intenção é apresentar instrumentos diferenciados para a prática educativa. Durante o uso dos aparatos, as dúvidas sobre assuntos transmitidos diariamente em sala de aula são mais facilmente esclarecidas pelos professores. Hoje, os cursos tomaram o nome de Oficina de Ciências e têm sido disseminados por diferentes instituições nos quatro cantos do país.

Devido ao sucesso da iniciativa, toda a forma de operação da atividade foi reunida, em 1996, no livro: "Brincando com a Ciência - Experimentos de Baixo Custo".

A publicação contém cinqüenta e quatro módulos. Além de apresentar o passo a passo para a construção de cada aparato, explica a forma como as atividades devem ser realizadas com o público. O emprego de técnicas de atração nas tarefas de divulgação científica é fundamental. Uma apresentação pouco interessante resultará em pouco ou nenhum envolvimento e integração do público com o que está sendo exposto.