Histórico
O Setor de Conservação e Restauração foi implantado sob responsabilidade da Conservadora-Restauradora Solange Rocha, em 1986, dentro do então Departamento de Documentação e Informação-DID, como um serviço de restauração de documentos em suporte papel. Restringia-se a uma sala e a cozinha de uma pequena casa, n. 29, do campus ocupado pelo ON-MAST. Seu objetivo era tratar os documentos que apresentavam danos físicos e orientar a higienização superficial e a guarda do acervo que estava sendo processado tecnicamente pela equipe de arquivistas e bibliotecários do MAST. Entre os anos de 1986 e 1987 dedicou-se ao tratamento de documentos avulsos do arquivo cartográfico e de processos administrativos de acervo arquivístico textual.
Em 1988 contava com 2 técnicos, sendo um graduado em História e com aperfeiçoamento em Conservação e Restauração, a servidora Solange Rocha, e outro em vias de conclusão da graduação em Arquivologia, a servidora Ozana Hannesch. Ainda nesta época o Setor possuía poucos equipamentos especializados (balança analógica; filtro de esponja, carvão e resina; e fogareiro elétrico) e o mobiliário ainda adaptado. As tarefas restringiam-se à Conservação e Restauração de documentos individualizados, especialmente restauração de plantas arquitetônicas e gravuras. Fazia o diagnóstico de documentos identificados “com necessidades” pelos técnicos da equipe do arquivo. Como única medida preventiva, orientava a higienização superficial e a embalagem provisória, que eram executadas pela equipe do arquivo e supervisionava à equipe de serviços gerais na limpeza dos espaços da biblioteca.
No início de 1989, o MAST reforma e amplia uma área na qual funcionava seu Arquivo Histórico. O Setor de Conservação e a Chefia do DID são transferidos para esta nova área reformada. O Setor de Conservação e Restauração ganhou uma grande bancada de pia, além de arquivos e armários (reformados) para guarda de seus materiais, produtos e instrumentos de menor porte. Neste período houve um investimento na compra de materiais de consumo no exterior, como papéis, colas, trinchas, espátulas de metal, fitas reparadoras. Produtos químicos e vidrarias eram nacionais. Também houve aquisição de uma balança digital de precisão, do pHmetro e do condutivímetro, os quais puderam ser auxiliar novas decisões de tratamento e de análise. A maior parte destes materiais de consumo e dos instrumentos de pequeno porte foram importados dos EUA.
Já entre os anos de 1990 e 1991, o Setor de Conservação e Restauração fazia vistorias das áreas de guarda do acervo; monitorava equipamentos de desumidificação e a ventilação forçada das áreas; acompanhava e planejava os serviços de limpeza e desinsetização dos ambientes de guarda e de tratamento dos acervos; e auxiliava às equipes do arquivo e biblioteca nas atividades de reprodução e consulta, orientando os meios adequados de fazê-lo. Também dava apoio às áreas de exposição na montagem de documentos para as vitrines expositivas.
Foi entre os anos de 90 e 91 que também foram feitos os primeiros estudos sobre o clima interno de Depósito 1. Pode-se afirmar que a partir de 1991 inicia-se uma alteração de perspectiva no trabalho do Setor, que passou a priorizar o tratamento dos fundos documentais, e não mais apenas itens/documentos individualizados.
De 1991 a 1994, o Setor de Conservação e Restauração do MAST dedica-se ao diagnóstico, higienização, conservação e acondicionamento de diferentes acervos arquivísticos e bibliográficos como tendência já consolidada. Contava na ocasião, além dos dois técnicos e dois estagiários fixos. Em 1993, o setor consegue a contratação fixa de um auxiliar terceirizado.
O MAST apoiava a formação da equipe, vislumbrando novas oportunidades dentro de sua área de atuação: a preservação de acervos científicos para disponibilidade de fontes de pesquisa para a História da Ciência e da Tecnologia no Brasil. No ano de 1994 o Setor de Conservação e Restauração de Documentos apresenta dois trabalhos no Seminário Internacional da ABRACOR, realizado em Petrópolis. Após o evento, o MAST inicia estudos para o estabelecimento de uma política de preservação institucional. O projeto de política é ampliado em 1995 junto com o Museu da República, para a elaboração de uma publicação com diretrizes e orientações sobre a preservação de acervos. Este trabalho foi realizado em 5 meses, com a coordenação de uma equipe do Departamento de Documentação e Informação e de técnico do Museu da República, bem como com a participação de 37 profissionais de instituições do Brasil. Atualmente este documento encontra-se disponível no site do MAST.
A partir de 1996, o Setor de Conservação e Restauração estrutura-se com os seguintes objetivos: desenvolver o trabalho de preservação, aplicando técnicas de conservação e restauração de documentos nas formas variadas de suporte papel; diagnosticar a condição em que se encontra o acervo e, consequentemente; orientar as condutas de manuseio, acondicionamento, higienização e exposição do acervo DID/MAST, bem como a limpeza ambiental das instalações, dedetização e desinfestação; pesquisar aspectos químicos e biológicos que envolvem as fases; realizar intercâmbio com outras instituições nacionais e internacionais na sua área de atuação. A troca e confecção de embalagens para o acervo cartográfico e iconográfico do MAST foi um dos destaques da atuação do setor neste período.
A servidora Ozana é contemplada com uma selecionada para participar do curso do ICCROM Conservación de Papel en Archivos, direcionado aos profissionais latinoamericanos e realizado no Centro Nacional de Conservación y Restauración do Chile, com duração de três meses. No ano de 1997, a servidora Solange inicia junto com o Museu Villa-Lobos um estudo para publicação de um manual de segurança de acervos culturais. Este projeto elaborou e distribuiu mais de quinhentos questionários sobre a situação de segurança das instituições que custodiam acervos culturais.
Entre os anos de 1998 e 2000, os trabalhos do Setor prosseguiam em várias frentes, tendo se consolidado sua atuação dentro do MAST. Em 1998, a servidora Ozana contou com novo apoio da Direção para participação de outro curso de ICCROM direcionado à América Latina. O curso aconteceu também no Chile, sob o título: Conservación de materiais modernos en arquivos.
O ano de 2000 marca a mudança do setor para uma casa, n. 31, do Campus ON-MAST, num espaço totalmente dedicado ao agora denominado Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos em Papel. A estrutura da casa de cerca de 50 m² permitiu definir quatro áreas distintas: uma de recepção, diagnóstico e conservação de acervos; uma área de confecção de embalagens e encadernação e de conservação; uma área úmida de tratamento e pesquisa e um pequeno escritório.
Neste período foi possível realizar a implementação das atividades de conservação dos arquivos pessoais de cientistas. Também ampliar a capacidade de tratamento do setor, que nesta época era responsável pelo: planejamento e acompanhamento da limpeza ambiental das áreas de guarda; inspeção das áreas de guarda; planejamento e acompanhamento das ações de desinsetização preventiva; diagnóstico e tratamentos de conservação e de restauração dos arquivos institucionais e pessoais de cientistas; orientação sobre as atividades de desinsetização das áreas de guarda e tratamento técnicos de acervos da Coordenação de Documentação em História da Ciência (nova denominação do antigo Departamento; continuidade dos estudos sobre políticas de segurança para museus, arquivos e bibliotecas; e apoio nas montagens expositivas da Coordenação de Museologia.
Ainda em 2001 foi iniciada uma parceria com o Serviço de Antropologia Biológica do Museu Nacional/UFRJ para tratamento de conservação dos documentos que compõem o Arquivo de Antropologia Física. E em 2002 foi iniciado, com o auxílio de uma bolsa do Programa de Capacitação Institucional PCI-DTI, o projeto de estudo sobre a tinta ferrogálica.
Em 2003, o LAPEL, junto com a Coordenação de Documentação em História da Ciência inicia o curso de Segurança de Acervos Culturais, com o objetivo de disseminar noções de segurança física e de preservação para os profissionais de arquivos, bibliotecas e museus. Este ano marca também o início da construção do novo prédio, que viria a contemplar a ampliação e melhoria das áreas de trabalho de guarda acervos do MAST. Neste mesmo ano registra-se o início da parceria do MAST com o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica, para tratamento de conservação do acervo Santos Dumont.
Em 2004, o LAPEL é oficialmente constituído por meio de uma portaria interna como um serviço da Coordenação de Documentação em História da Ciência, com delegação de um responsável, para o qual foi nomeada a servidora Ozana. Ainda neste mesmo ano o Laboratório inicia um projeto de monitoramento climático de dois espaços: o depósito de documentos textuais (Depósito 1) e a sala de processamento técnico e guarda dos arquivos de documentos especiais, bem como o projeto de modernização e implementação das atividades do LAPEL é contemplado no edital VITAE de apoio a Museus. Este projeto realizado entre 2005 e 2006 previu a confecção de mobiliários específicos para as áreas de corte e embalagem; diagnóstico e conservação; e de tratamentos aquosos, bem como a renovação do mobiliário de escritório, incluindo computadores e compra de livros. Foram adquiridos neste período com recursos VITAE, além de mobiliários especializados, a capela de exaustão, a mesa obturadora, uma nova secadora de papéis, instrumentos de pequeno porte e muitos materiais de consumo. O projeto possibilitou também o desenvolvimento da Base de Dados de Diagnóstico do LAPEL, por meio da contratação de um profissional para digitação das planilhas e alimentação do programa.
No ano de 2005 houve uma desaceleração dos trabalhos do LAPEL para obras na casa 31 de adaptação da rede elétrica e hidráulica e de reformulação dos espaços previstos no projeto da VITAE. Entretanto, os trabalhos juntos as parcerias foram continuados, o que fez com que a equipe técnica mantivesse o ritmo de tratamento. E inicia um projeto de estudo sobre política de preservação dos acervos bibliográficos do MAST, volta-se para as coleções especiais, por meio de outra bolsa PCI/DTI, utilizada por Fabiano Cataldo de Azevedo.
O LAPEL inicia o ano de 2006 dedicando-se ao tratamento de acervos recém-adquiridos, realizando a higienização superficial, o acondicionamento provisório, a inspeção das áreas e ao tratamento de conservação de um acervo arquivístico. Com a troca de bolsista no projeto de tinta ferrogálica, inicia-se um novo direcionamento da pesquisa sobre a análise e avaliação deste tipo de material, que culmina num projeto de dissertação apresentado pelo bolsista Alexandre Vilela de Oliveira no Mestrado em Química da PUC/Rio, concluído em 2008.
Em 2006, também foi publicada pelo MAST, a Política de Segurança para Museu, Bibliotecas e Arquivos, um projeto vinha sendo realizado com o Museu Villa-Lobos, que sofreu algumas interrupções, e que ao longo de sua trajetória – a exemplo da publicação Política de Preservação para Acervos Culturais – contou com a participação de vários especialistas de outras instituições brasileiras. Em fins de 2006 foi iniciado também um projeto para estudo de plantas arquitetônicas em processo cianótipo, cujo objetivo era proporcionar subsídios para o tratamento de restauração de documentos cartográficos do acervo do Observatório Nacional, sob a custódia do MAST. Este projeto originou em 2008 o projeto de mestrado da bolsista Ana Paula Corrêa de Carvalho, que em 2010 concluiu seu mestrado no Programa Museologia e Patrimônio pelo convênio UNIRIO/MAST.
O LAPEL participa ainda em com dois trabalhos no evento sobre Acervos Raros organizado pela Biblioteca Nacional e com outros dois trabalhos apresentados no Congresso Internacional da ABRACOR/2006. Em 2008, o LAPEL é convidado a participar de um grupo de trabalho sobre Biodeterioração iniciado pelo LACRE na Fundação Casa de Rui Barbosa, que dois anos depois dá origem ao Grupo Carioca de Conservação Preventiva.
Texto de Ozana Hannesch
Em 1988 contava com 2 técnicos, sendo um graduado em História e com aperfeiçoamento em Conservação e Restauração, a servidora Solange Rocha, e outro em vias de conclusão da graduação em Arquivologia, a servidora Ozana Hannesch. Ainda nesta época o Setor possuía poucos equipamentos especializados (balança analógica; filtro de esponja, carvão e resina; e fogareiro elétrico) e o mobiliário ainda adaptado. As tarefas restringiam-se à Conservação e Restauração de documentos individualizados, especialmente restauração de plantas arquitetônicas e gravuras. Fazia o diagnóstico de documentos identificados “com necessidades” pelos técnicos da equipe do arquivo. Como única medida preventiva, orientava a higienização superficial e a embalagem provisória, que eram executadas pela equipe do arquivo e supervisionava à equipe de serviços gerais na limpeza dos espaços da biblioteca.
No início de 1989, o MAST reforma e amplia uma área na qual funcionava seu Arquivo Histórico. O Setor de Conservação e a Chefia do DID são transferidos para esta nova área reformada. O Setor de Conservação e Restauração ganhou uma grande bancada de pia, além de arquivos e armários (reformados) para guarda de seus materiais, produtos e instrumentos de menor porte. Neste período houve um investimento na compra de materiais de consumo no exterior, como papéis, colas, trinchas, espátulas de metal, fitas reparadoras. Produtos químicos e vidrarias eram nacionais. Também houve aquisição de uma balança digital de precisão, do pHmetro e do condutivímetro, os quais puderam ser auxiliar novas decisões de tratamento e de análise. A maior parte destes materiais de consumo e dos instrumentos de pequeno porte foram importados dos EUA.
Já entre os anos de 1990 e 1991, o Setor de Conservação e Restauração fazia vistorias das áreas de guarda do acervo; monitorava equipamentos de desumidificação e a ventilação forçada das áreas; acompanhava e planejava os serviços de limpeza e desinsetização dos ambientes de guarda e de tratamento dos acervos; e auxiliava às equipes do arquivo e biblioteca nas atividades de reprodução e consulta, orientando os meios adequados de fazê-lo. Também dava apoio às áreas de exposição na montagem de documentos para as vitrines expositivas.
Foi entre os anos de 90 e 91 que também foram feitos os primeiros estudos sobre o clima interno de Depósito 1. Pode-se afirmar que a partir de 1991 inicia-se uma alteração de perspectiva no trabalho do Setor, que passou a priorizar o tratamento dos fundos documentais, e não mais apenas itens/documentos individualizados.
De 1991 a 1994, o Setor de Conservação e Restauração do MAST dedica-se ao diagnóstico, higienização, conservação e acondicionamento de diferentes acervos arquivísticos e bibliográficos como tendência já consolidada. Contava na ocasião, além dos dois técnicos e dois estagiários fixos. Em 1993, o setor consegue a contratação fixa de um auxiliar terceirizado.
O MAST apoiava a formação da equipe, vislumbrando novas oportunidades dentro de sua área de atuação: a preservação de acervos científicos para disponibilidade de fontes de pesquisa para a História da Ciência e da Tecnologia no Brasil. No ano de 1994 o Setor de Conservação e Restauração de Documentos apresenta dois trabalhos no Seminário Internacional da ABRACOR, realizado em Petrópolis. Após o evento, o MAST inicia estudos para o estabelecimento de uma política de preservação institucional. O projeto de política é ampliado em 1995 junto com o Museu da República, para a elaboração de uma publicação com diretrizes e orientações sobre a preservação de acervos. Este trabalho foi realizado em 5 meses, com a coordenação de uma equipe do Departamento de Documentação e Informação e de técnico do Museu da República, bem como com a participação de 37 profissionais de instituições do Brasil. Atualmente este documento encontra-se disponível no site do MAST.
A partir de 1996, o Setor de Conservação e Restauração estrutura-se com os seguintes objetivos: desenvolver o trabalho de preservação, aplicando técnicas de conservação e restauração de documentos nas formas variadas de suporte papel; diagnosticar a condição em que se encontra o acervo e, consequentemente; orientar as condutas de manuseio, acondicionamento, higienização e exposição do acervo DID/MAST, bem como a limpeza ambiental das instalações, dedetização e desinfestação; pesquisar aspectos químicos e biológicos que envolvem as fases; realizar intercâmbio com outras instituições nacionais e internacionais na sua área de atuação. A troca e confecção de embalagens para o acervo cartográfico e iconográfico do MAST foi um dos destaques da atuação do setor neste período.
A servidora Ozana é contemplada com uma selecionada para participar do curso do ICCROM Conservación de Papel en Archivos, direcionado aos profissionais latinoamericanos e realizado no Centro Nacional de Conservación y Restauración do Chile, com duração de três meses. No ano de 1997, a servidora Solange inicia junto com o Museu Villa-Lobos um estudo para publicação de um manual de segurança de acervos culturais. Este projeto elaborou e distribuiu mais de quinhentos questionários sobre a situação de segurança das instituições que custodiam acervos culturais.
Entre os anos de 1998 e 2000, os trabalhos do Setor prosseguiam em várias frentes, tendo se consolidado sua atuação dentro do MAST. Em 1998, a servidora Ozana contou com novo apoio da Direção para participação de outro curso de ICCROM direcionado à América Latina. O curso aconteceu também no Chile, sob o título: Conservación de materiais modernos en arquivos.
O ano de 2000 marca a mudança do setor para uma casa, n. 31, do Campus ON-MAST, num espaço totalmente dedicado ao agora denominado Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos em Papel. A estrutura da casa de cerca de 50 m² permitiu definir quatro áreas distintas: uma de recepção, diagnóstico e conservação de acervos; uma área de confecção de embalagens e encadernação e de conservação; uma área úmida de tratamento e pesquisa e um pequeno escritório.
Neste período foi possível realizar a implementação das atividades de conservação dos arquivos pessoais de cientistas. Também ampliar a capacidade de tratamento do setor, que nesta época era responsável pelo: planejamento e acompanhamento da limpeza ambiental das áreas de guarda; inspeção das áreas de guarda; planejamento e acompanhamento das ações de desinsetização preventiva; diagnóstico e tratamentos de conservação e de restauração dos arquivos institucionais e pessoais de cientistas; orientação sobre as atividades de desinsetização das áreas de guarda e tratamento técnicos de acervos da Coordenação de Documentação em História da Ciência (nova denominação do antigo Departamento; continuidade dos estudos sobre políticas de segurança para museus, arquivos e bibliotecas; e apoio nas montagens expositivas da Coordenação de Museologia.
Ainda em 2001 foi iniciada uma parceria com o Serviço de Antropologia Biológica do Museu Nacional/UFRJ para tratamento de conservação dos documentos que compõem o Arquivo de Antropologia Física. E em 2002 foi iniciado, com o auxílio de uma bolsa do Programa de Capacitação Institucional PCI-DTI, o projeto de estudo sobre a tinta ferrogálica.
Em 2003, o LAPEL, junto com a Coordenação de Documentação em História da Ciência inicia o curso de Segurança de Acervos Culturais, com o objetivo de disseminar noções de segurança física e de preservação para os profissionais de arquivos, bibliotecas e museus. Este ano marca também o início da construção do novo prédio, que viria a contemplar a ampliação e melhoria das áreas de trabalho de guarda acervos do MAST. Neste mesmo ano registra-se o início da parceria do MAST com o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica, para tratamento de conservação do acervo Santos Dumont.
Em 2004, o LAPEL é oficialmente constituído por meio de uma portaria interna como um serviço da Coordenação de Documentação em História da Ciência, com delegação de um responsável, para o qual foi nomeada a servidora Ozana. Ainda neste mesmo ano o Laboratório inicia um projeto de monitoramento climático de dois espaços: o depósito de documentos textuais (Depósito 1) e a sala de processamento técnico e guarda dos arquivos de documentos especiais, bem como o projeto de modernização e implementação das atividades do LAPEL é contemplado no edital VITAE de apoio a Museus. Este projeto realizado entre 2005 e 2006 previu a confecção de mobiliários específicos para as áreas de corte e embalagem; diagnóstico e conservação; e de tratamentos aquosos, bem como a renovação do mobiliário de escritório, incluindo computadores e compra de livros. Foram adquiridos neste período com recursos VITAE, além de mobiliários especializados, a capela de exaustão, a mesa obturadora, uma nova secadora de papéis, instrumentos de pequeno porte e muitos materiais de consumo. O projeto possibilitou também o desenvolvimento da Base de Dados de Diagnóstico do LAPEL, por meio da contratação de um profissional para digitação das planilhas e alimentação do programa.
No ano de 2005 houve uma desaceleração dos trabalhos do LAPEL para obras na casa 31 de adaptação da rede elétrica e hidráulica e de reformulação dos espaços previstos no projeto da VITAE. Entretanto, os trabalhos juntos as parcerias foram continuados, o que fez com que a equipe técnica mantivesse o ritmo de tratamento. E inicia um projeto de estudo sobre política de preservação dos acervos bibliográficos do MAST, volta-se para as coleções especiais, por meio de outra bolsa PCI/DTI, utilizada por Fabiano Cataldo de Azevedo.
O LAPEL inicia o ano de 2006 dedicando-se ao tratamento de acervos recém-adquiridos, realizando a higienização superficial, o acondicionamento provisório, a inspeção das áreas e ao tratamento de conservação de um acervo arquivístico. Com a troca de bolsista no projeto de tinta ferrogálica, inicia-se um novo direcionamento da pesquisa sobre a análise e avaliação deste tipo de material, que culmina num projeto de dissertação apresentado pelo bolsista Alexandre Vilela de Oliveira no Mestrado em Química da PUC/Rio, concluído em 2008.
Em 2006, também foi publicada pelo MAST, a Política de Segurança para Museu, Bibliotecas e Arquivos, um projeto vinha sendo realizado com o Museu Villa-Lobos, que sofreu algumas interrupções, e que ao longo de sua trajetória – a exemplo da publicação Política de Preservação para Acervos Culturais – contou com a participação de vários especialistas de outras instituições brasileiras. Em fins de 2006 foi iniciado também um projeto para estudo de plantas arquitetônicas em processo cianótipo, cujo objetivo era proporcionar subsídios para o tratamento de restauração de documentos cartográficos do acervo do Observatório Nacional, sob a custódia do MAST. Este projeto originou em 2008 o projeto de mestrado da bolsista Ana Paula Corrêa de Carvalho, que em 2010 concluiu seu mestrado no Programa Museologia e Patrimônio pelo convênio UNIRIO/MAST.
O LAPEL participa ainda em com dois trabalhos no evento sobre Acervos Raros organizado pela Biblioteca Nacional e com outros dois trabalhos apresentados no Congresso Internacional da ABRACOR/2006. Em 2008, o LAPEL é convidado a participar de um grupo de trabalho sobre Biodeterioração iniciado pelo LACRE na Fundação Casa de Rui Barbosa, que dois anos depois dá origem ao Grupo Carioca de Conservação Preventiva.
Texto de Ozana Hannesch
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