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Durante sua trajetória em volta da Terra, a Lua passa por um ciclo de fases — e sua forma, ou melhor, sua aparência, vai mudando gradativamente. O ciclo completo dura aproximadamente 29,5 dias — que é o período transcorrido até que uma fase se repita.

A Lua não é um corpo luminoso. Por isso, a luz que vemos é a luz do Sol refletida — a parte iluminada é aquela que está voltada para o Sol. Durante a primeira metade do ciclo lunar, a parte iluminada visível aqui da Terra vai aumentando (Lua crescente), enquanto na outra metade ela vai diminuindo (Lua minguante). Cada fase da Lua representa, assim, a "fatia" da parte iluminada que está sendo vista aqui da Terra — e ela varia um pouco a cada dia, de forma contínua. Mas, para facilitar as coisas, costumamos dividir todo o ciclo em apenas quatro fases, de nomes sugestivos: Lua Nova, Quarto Crescente, Lua Cheia e Quarto Minguante.







As posições onde o Sol nasce e se põe não são fixas: elas variam ao longo do ano. Você já deve ter reparado que a iluminação solar nos cômodos de uma casa não é a mesma, no verão e no inverno: a luz do Sol toma direções diferentes, conforme a época do ano — e a posição das janelas, em relação aos pontos cardeais.

Na verdade, o Sol nasce no Leste e se põe no Oeste apenas duas vezes por ano: em março e setembro. Chamamos estes dias de equinócios (quando as noites e os dias têm a mesma duração).

Após o equinócio de março (que marca o início do outono, no Brasil), o Sol passa a nascer um pouco mais a Norte até atingir, em junho, seu afastamento máximo num fenômeno chamado de solstício (Sol parado). Este é o começo do inverno, no Brasil, e neste dia temos a noite mais longa do ano.

Após o solstício de junho, o Sol volta a nascer numa posição cada vez mais próxima do Leste, até o dia em que ocorre o equinócio de setembro - quando, então, ele nasce neste exato ponto cardeal. A partir daí, o Sol nasce cada vez mais ao Sul, até atingir o afastamento extremo, no dia do solstício de dezembro. No Brasil, este é o começo do verão, quando ocorre o dia mais longo do ano.

No dia seguinte, o Sol volta a nascer cada vez mais próximo do ponto cardeal Leste, até chegar novamente o dia do equinócio de março.

É bom lembrar: estes ciclos se repetem todos os anos - e marcam o ciclo das estações.

Você deve estar se perguntando: na prática, como podemos perceber estas mudanças? Vamos dar um exemplo: se a janela do seu quarto estiver voltada para o Norte, ele certamente vai estar mais ensolarado no mês de junho -que é quando o Sol também vai estar mais próximo do ponto cardeal Norte.


Algumas imagens do nascer do Sol na enseada de Botafogo-RJ, ao longo do ano, com o Pão de Açucar como referência.
Fotos de Daniel Borges