Cenoura

Daucus carota, gênero da família das umbeliferas ou umbrelladas

Cenoura

    História Natural. O gênero consta de quinze espécies, todas elas cultivadas segundo o gosto dos curiosos. Planta hortense, vivácea que tem as folhas aveludadas, com folíolos simulados; as corolas como radiadas; as sementes guarnecidas de pelos rijos; a raiz grossa, suculenta de cor amarela ou vermelha. As folhas são aromáticas, a raiz carnuda e açucarada. A cenoura branca não é tão estimada como a vermelha ou a cor de laranja. Esta última acha-se muito cultivada nos jardins e hortas por ser de gosto inglês. As cenouras exigem para a sua cultura, um solo preparado, estercado e bem repartido com outros vegetais.

    Análise Química. A Cenoura contém muitas partes úmidas, 87,6 %, segundo as experiências de Mr. Boussingault. As indagações dos químicos provam que o sumo da raiz contém açúcar, albumina, um princípio colorante, óleo volátil, matérias gordurentas, ácido putico, putina, amido, ácido málico e fosfatos alcalinos e terrosos. Drapiez tem extraído da Cenoura 12% de açúcar cristalizado.

    Propriedades. As sementes da Cenoura são um tanto aromáticas e estimulantes. Antigamente, as raízes eram consideradas como aperitivas, mas hoje são mais usadas como alimento do que para remédio. A Cenoura, do ponto de vista gastronômico, entra em muitos adubos. Serve para sopas e guisados saborosos. Alguns traficantes procuraram torrar as Cenouras em lugar do café, porém o ensaio ficou logrado, assim como as tentativas de misturar os pós de Cenoura com farinha de trigo e de arroz para fazer pão. Em medicina, certos facultativos recomendam o cozimento de Cenoura para curar a icterícia. O xarope de Cenoura é bom remédio contra a tosse; as folhas em cozimento provocam a secreção das urinas e também são proveitosas depois de pisadas e postas sobre as ferroadas de abelhas, vespas, ou marimbondos. O óleo essencial de cenouras misturado com a manteiga fresca adquire delicioso sabor e bela cor dourada.

 

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