Canna fistula

Cassia fistula brasiliana Bauhin, Cassia grandis, Catharlocarpus, Família das leguminosas

Canna fistula

 História Natural. Cálice repartido profundamente, corola de cinco pétalos, dez estames, flores em cachos, fruto cilíndrico com polpa. Há quatro variedades de Cássia do Brasil chamadas fístula, como a Canna fistula de grandes ou Mari Mari, a Cassia sclerocarpa de Vogel ou Capyracomana de Pison e Marcgrave, a Cassia fistula, e a Cassia medica ou Canna fistula menor, referente ou presente artigo. As árvores desta variedade são grandes  e belas, estendendo seus ramos largamente de todos os lados e tendo os raminhos cobertos de um * muito fino. As folhas são compostas de quinze a vinte pares de folíolos obtusos, ligeiramente pubescentes, tendo um pecíolo comum. As flores nascem em cachos axilares com pétalas cor de carne. As frutas são bagos grandes, compridos de um pé e meio até dois, largos de três polegadas e têm a figura de um sabre. O bago é multilocular e contém uma polpa denegrida pegajosa, semelhante à da Cássia das boticas, porém mais amargas e mais desagradáveis.

  Análise Química. Segundo o Vauquelin, a Cássia é composta de uma matéria parenquimatosa, gelatina, glúten, goma, extrato e açúcar. Ela produz um suco que fermenta; de oito onças de Cássia em pau, extraem-se quatro onças de polpa, as quais, peneiradas, reduzem-se a duas. Uma libra de polpa dá quatro onças de extrato mole, o qual, receitado na dose de uma onça, é bom laxante, porém desenvolve gases pela facilidade de sua fermentação, o que não acontece quando a fruta é recentemente apanhada. A polpa conserva-se mais de um dia no estio e três ou quatro, em tempos diversos.

    Propriedades. Nas fibras contínuas biliosas, a Cassia brasiliana é um excelente purgante, pois a polpa, ligeiramente ácida, convém muito para laxar o ventre sem causar aumento de inflamação do estômago e dos intestinos. Por tal motivo, ela convém nas moléstias do peito e prepara-se com as flores um xarope laxativo que se administra às crianças. Os hipocondríacos usam da polpa em cozimento para com clisteres combater a ressecação intestinal. A dose para o cozimento é de duas até quatro onças.

 

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