Bertalha

Bretalia, Basella, Caruru inglês, Espinafre do Malabar, Gênero da Pentandria Trigynia Linneo, Família das atripliceas Jussieu

Bertalha

     História Natural. A Basella ou Bretalha foi, desde os primeiros tempos da cultura do Brasil, introduzida pelos portugueses vindos da Índia e tem se propagado nas hortas e jardins ao redor das grandes cidades. No seu país, a planta é perenal, e na América é bienal e trepadeira. As abundantes folhas que esta utilíssima planta produz substituem completamente as do espinafre. Seu sabor é delicado e mais macio que o da tetragônia. A planta gosta de terra livre substancial, muito calor e água. Notam-se 6 várias espécies de Barella: a maior parte já cultivadas no Brasil porém as mais vulgares são a Basella branca e a Basella rubra, assim nomeadas pela cor de seus talos e de suas folhas. Os talos são herbáceos, cheios de sucos ramosos, elevando-se até a altura de 4 pés. São guarnecidos de folhas alternas ovadas, espessas e carnudas, sustentadas por um pecíolo curto. As flores são pequenas, de cor púrpura clara.     

     Análise Química. As análises da Bertalha rubra indicam uma planta inodora, a qual tem um sabor ligeiramente ácido e amargoso; contém pouca resina e uma matéria colorante vermelha.

    Propriedades medicinais. Costumava-se antigamente esfregar os convalescentes de bexigas com o suco de Bertalha nos lugares cobertos de pústulas, o que facilitava a supuração e a queda das crostas ou escamas. Sabe-se quanto é comum o uso da Bertalha como comida e quanto ela é estimada dos pretos nas roças. Acredita-se, em várias partes da América, que a planta concorre para aumentar a secreção do leite. Alguns fazem com o suco um xarope refrigerante que se mistura com água e bebe-se no caso de febres biliosas. Tem-se como certo que a Bertalha é emoliente, favorece as dejecções alvinas, acalma a tosse e as dores das gastrenterites. As cataplasmas de folhas de Bertalha rubra nos casos de dores gotosas são de bom proveito.

 

 

 

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