Baobafeira

Adansonia digitata, Cabaceiro, Pau de macaco, Família das malvaceas

Baobafeira

   História Natural. Esta árvore é a maior que se conhece em todo o mundo. Não é raro, diz Arruda, acharem-se de 27 a 34 pés de diâmetro. Ela foi transportada da África para o Brasil: no Jardim da Lagoa de Freitas e nos arredores do Rio de Janeiro, encontram-se vários Baobafeiras. O tronco é muito alto e largo, coroado de um grande número de ramos do comprimento de cinquenta a sessenta pés. A casca que cobre as raízes é cor de ferrugem, a cor do tronco é acinzentada e espessa, a dos jovens ramos é verde. O lenho é quase branco e ligeiro. As folhas são alternas, digitadas e compostas de três a sete folíolos de tamanhos desiguais. A flor consiste em um cálice de peça única, tem corola de cinco pétalos brancos, muitos estames e tem ovário superior cônico. O fruto é um casulo * de um pé de comprimento, repartido em * ou 14 divisões, cada uma das * contém cinquenta a sessenta sementes *, as quais se convertem em polpa farinácea.

   Análise Química. O Vauquelin analisou a polpa do Baobafeira, a qual contém amido, goma igual à goma arábica, ácido málico e açúcar cristalizável, as sementes contêm óleo gordurento. As folhas e a casca encerram grande porção de mucilagem. Uma análise mais recente vem sendo feita.

   Propriedades Medicinais. É a planta que tem o maior préstimo no Senegal. Seus frutos, diz Arruda, são do comprimento de um melão ordinário, da grossura de um dedo, seu gosto é ácido e agradável. Os habitantes do país o comem puro ou com leite e vende-se grande porção para o interior da África. Reduz-se em pós, os quais se vendem em Europa com o nome de Terra Sigilada de Lennos. Próspero Alpino foi quem primeiro descobriu que esta droga não pertencia ao Reino Mineral. Os negros do Senegal usam das folhas reduzidas a pó no comer e nas tinturas, usam delas também como preservativo das febres endêmicas daquele país. O parênquima esponjoso da fruta fez com que se a empregasse contra as hemofilia e nos frouxos hepáticos. O Baobafeira, por ser mucilaginoso e emoliente, convém nas diarreias e nas febres inflamatórias. A polpa do fruto com limão, água e açúcar faz uma bebida temperante que se pode administrar com vantagem no tratamento da febre amarela.

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