Baga de Louro

Laurus borbonia Linneo, Família das laurineas

Baga de Louro

   História Natural. Árvore alta de sessenta palmos de comprimento, de dois e mais de grossura, madeira branca, casca glabra, espessa, de cor cinzenta escura ou arruivada que se desfaz em lâminas delgadas. Folhas alternas, lanceoladas, pecioladas, nervosas, sobretudo por baixo, mais lisas do que as folhas do louro vermelho, maiores do que as do louro comum. Renovos pequenos, agudos e esbranquiçados. Os pedúnculos são axilares, ramificados superiormente em cachos sobre os indivíduos masculinos, e em cimeira ou panícula corimbiforme sobre as fêmeas. As flores são pequenas, amareladas, cheirosas,  numerosas, providas de um cálice de seis recortes obtusos, oblongos e iguais. Seis estames pegados ao cálice e três estames internos, cujos filamentos são guarnecidos de duas glândulas na sua base. As frutas são bagas ou drupas ovais, oblongas, do tamanho de uma boleta de carvalho, esverdeadas no princípio, tornam-se depois denegridas enquanto maduras, sendo envolvidas por um cálice troncoso vermelho em forma de receptáculo.

    Análise Química. As bagas, a casca e folhagem fornecem pela análise uma matéria extrativa, tamino e um princípio colorante. As raízes dão uma tinta roxa.

    Propriedades. A madeira serve para tabuado e frechais, e também para construir cercas. O fruto é medicinal, emprega-se a infusão das bagas para curar as cólicas e dores de ventre, e administra-se o cozimento das raízes e da casca como remédio adstringente nos casos de hemorragia passiva.

 

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