História Natural. Raiz rasteira e filamentosa, três folhas em rama, pedúnculos axilares, folíolos numerosos, cálice membranoso, pedíolos amarelos, estames lisos, ovário longo, casulo prismático de 6 a 8 linhas. Várias espécies, de seis a sete, se encontram nas províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, às quais se dá o nome de Azedinha ou Trevo d’água. Diz o Vellozo que não se deve confundir estas plantas com o outro Trevo d’água, que se encontra abundante nos alagadiços do Rio de Janeiro, espécie que é o Menyanthes indica de Linneo, que a descreve com as folhas em coração quase chanfradas, com as flores em pecíolos ou pés das folhas e corola felpuda na parte superior. Não tem talos; as folhas são radicais; os pecíolos, compridos entre ovados e acoroçoadas, abroqueladas, carnudas, com alguns recortes na circunferência, distantes uns dos outros. As flores vêm em pequena distância da base das flores em molhos, mas cada um sobre seu pé particular. São brancas.
Análise Química. Descobre-se a presença do ácido oxálico nas várias espécies de óxalis, e constitui uma mistura de sais, oxalatos de potassa e de soda que predominam nas plantas da mesma família.
Propriedades. O uso da Azedinha é muito recomendado para febres malignas ou tifoideas, é um excelente antiescorbútico e refrigerante nos casos de flegmasia interna. O uso doméstico que se faz das várias espécies justifica amplamente suas salutares virtudes. O modo de administração é em uma infusão ou dar o sumo misturado com porção de água.