Argemone

Argemone mexicana Linneo, Papaver spinosum, Família das papaveráceas

Argemone

  Características Botânicas. Estames, anteras, cálice com três folíolos côncavos, agudos. Corola com cinco ou seis pétalos redondos no ápice, estigmato obscuro, casulo pentagonal; uma, três, quatro, cinco ou sete vulvulas, folhas espinhosas.

  História Natural. Planta herbácea cujas raízes são fibrosas. O talo direito, cilíndrico, ramoso, fornecido de pequenos espinhos, é cheio de uma medula branca, eleva-se até a altura de quinze a dezoito polegadas. As folhas semelhantes às das dormideiras, são alternas, cortadas em ângulos, espinhosas, verdes em cima e marcadas de uma cor de  branco leitoso sobre as nervuras; as flores são amarelas, solitárias sobre cada pedúnculo, sustentadas por um cálice de três folhas côncavas. O pistilo, que se acompanha de  numerosos estames, torna-se um casulo direito armado de espinhos amarelados, cada ângulo é guarnecido de uma placenta estreita, ao qual se aderem as sementes redondas e pretas.

  Análise Química. A Argemone contém um suco leitoso amarelado que provém de todas as partes da planta quando se corta. O suco tem o sabor viroso do ópio, é gomo resinoso, solúvel dentro da água e do álcool. O cozimento da flor contém muita mucilagem.

   Propriedades. Convém fazer uso das flores da Argemone nos casos que se queira acalmar as dores da garganta ou do peito. Seu extrato é proveitoso na ocorrência de epilepsia, de tosse convulsa e de moléstias espasmódicas das crianças. Exteriormente, usa-se das folhas e das flores nos casos de pústulas venéreas. Reputam-se as sementes boas para combater a diarreia. Como a Argemone provoca sono e o suor bom, é receitada como calmante para sossegar de noite. Modo de administração. Faz-se com as flores uma infusão; para o xarope, administram-se duas oitavas para uma libra de água, na dose de uma onça. O extrato aquoso se dá de dois até quatro grãos por dia.

 

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