Araruta

Maranta indica, Maranta arundinacea Linneo, Monandria Monogynia, Família das cannas de Jussieu

Araruta

     História Natural. Caule herbáceo e ramoso, folhas lanceoladas, raízes em parte fibrosas, em parte tuberosas, cilíndricas, cobertas desquanimas triangulares. Corola monopétala; ovário colocado debaixo do cálice, pericárpio capsular; sementes de cor branca. A Araruta oriunda da Índia foi transplantada para o Brasil, onde hoje a sua cultura é vulgar, sobretudo na província do Rio de Janeiro. Hoje, a fécula da Araruta é objeto de exportação e de consumo diário no país. A Araruta dá uma fécula fina, branca como o amido, porém mais compacta e de maior peso, formando grãos transparentes de cor de madrepérola e sem sabor.

      Análise Química. A fécula contém, quando é pura, segundo M. Bentren, o dobro da porção de mucilagem que contém o amido ou outras féculas de trigo, batata, mandioca. Dez grãos deitados em duas onças de água dão uma cola espessa, quando dez grãos das outras em mesma porção de líquido tornam este último ligeiramente mucilaginoso.

       Propriedades. Obtida a fécula raspando as raízes da Araruta dentro da água, separando com peneiras a fécula a qual deve ser lavada várias vezes e depois de seca posta ao sol, ela serve de alimento para as crianças e os tísicos, a mesma convem nos casos de diarreia crônica para sustentar os enfermos. Ela é tônica e digestiva e muito útil aos viajantes no decurso de grandes trajetos marítimos. Regula-se a dose segundo a idade, o caso da enfermidade e sobretudo se deve ser empregada a fécula como alimento ou como remédio. O cozimento da raiz é excelente remédio nos casos de envenenamento vegetal pelo Mapo, Erva Moura, Trombeta, Cicuta ou outras plantas venenosas.

 

 

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