Anis estrellado

Illicium anisatum Linneo, Badina, Anis da China, Família das magnoliaceas

Anis estrellado

   História Natural. Arbusto de três pés de altura, sempre verde, oriundo da China e da Tartaria, assemelhando-se um pouco com o Loureiro vulgaris, é cultivado entre nós por alguns curiosos. As espécies de Illicium floridanum e Illicium parviflorum que nascem na Flórida, província do Norte América, não são por agora introduzidas. As folhas do Anis estrelado são lanceoladas, as flores amarelas, as cápsulas aromáticas, deitam um aroma suave tal qual o da Erva doce.

   Análise Química. Meissner analisou as sementes (ver Manuel de Chimistes 1848), as quais fornecem o seguinte: óleo volátil 1,8; óleo gordurento amarelo 17,9; corpo butyroso 1,6; resina 2,6; matéria extrativa 4,2; goma 1,2; fibra lenhosa 29,4; matéria amarga 23,0; amido 6,4; ácido malico, malato de cal 4,8; oxalato de cal  0,4; água 4,2; perda 2,5; todo 100%

   Propriedades. O fruto apresenta-se com a forma de uma estrela, uma reunião de 6 a 12 cápsulas espessas, duras, lenhosas, de cor escura, contendo cada uma semente oval, avermelhada, lisa e frágil, a qual encerra uma amêndoa esbranquecida e oleosa. O fruto é estimulante e tônico. Os chineses veneram a planta como objeto sagrado, queimam as sementes sobre os campos de seus parentes. Os fabricantes de licores utilizam o aroma do Anis estrelado. A semente tomada em chá facilita a digestão e a expulsão de gases; entra o óleo volátil que se extrai da Badiana na composição dos licores, em absintos e aniseta. O óleo de Anis cristaliza quando esfria. A madeira do Anis estrelado conserva o cheiro do fruto, o que provocou o engano de alguns autores, pois pensaram ser a mesma que se vende nos mercados. É bom combater semelhante erro, visto que a madeira de anis utilizada no comércio provém da América e extrai-se do Ocotea pichurim, árvore indígena do Pará.

 

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