Aninga

Arum liniferum Arruda, Philodendron arborescesis Kunth, Aninga uva tupin, Família das aroideas

Aninga

    Caracteres Botânicos. Caule arbóreo, folhas sagitadas, comprimento quase de um pé, os pecíolos ou talos de dois pés. O caule direito, cilíndrico, de cor verde cinzenta, marcado de algumas cicatrizes das folhas caídas. A substância é esponjosa, os ramos são raros, as folhas sagitadas, as flores axilares solitárias. O cálice é uma espata mais longa do que o espadice. O pericárpio contém muitas bagas na base.

   História Natural. A numerosa família das aróideas, apresenta as mais belas e lindas plantas; quase todas com raízes tuberculosas e carnudas. A substância do tronco desta planta Aninga é esponjosa, farta de um suco acre que ataca os metais. Na substância mole sucosa, estão embebidas numerosas fibras longitudinais da grossura da seda das caudas de cavalo, rijas, muito fortes, das quais, diz o Mr. Arruda, se fabricam cordas.

    Análise Química. O suco acre torna verde o xarope violáceo e se coagula pelos ácidos minerais; a raiz contém uma fécula abundante e grande porção de amido.

    Propriedades. Segundo Pison, a planta é antiescorbústica, e tira-se partido das folhas para o curativo das úlceras; também cozidas, servem para banhos nos casos de dores reumáticas, e nos ingurgitamentos dos testículos. Meia libra de folhas para um banho é suficiente. Aplicam-se as folhas frescas sobre as feridas, que ficam limpas em virtude do princípio ligeiramente corrosivo que essas folhas possuem.

 

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