Verniz da China

Augia, Árvore do céu, Ailanthus glandulosa Desfontaines, Família das lanthoxyleas

Verniz da China

   História Natural. De 1853 a 1854, um horticultor francês procurou cultivar nos jardins da praia de Botafogo a árvore do verniz, uma das três espécies vindas da China. Foram levadas as sementes para o Jardim Botânico, porém até o presente nada consta do feliz resultado da cultura. A árvore é alta, copada de folhas compostas de folíolos dispostos por pares inequilaterais, inteiras e denteadas; flores de cor branca esverdeada ou amarelada, formando grandes panículas encimadas. As flores são polígamas, de cinco pétalas; as sementes são comprimidas embaixo de um tegmento membranoso com um perisperma delgado; embrião direito.

   Análise Química. Mr. Payen analisou a casca que contém lenhoso, clorofila, geleia vegetal, substância amarga, resina aromática, matéria gordurenta azotada, fongina não azotada, princípio colorante amarelo, óleo essencial, sais, ácido carbônico (Annales de Chimie, t.26). Foi na parte cortical debaixo da epiderme que o mesmo químico assinalou a existência do ácido péctico ou de substância gelatinosa.

   Propriedades. As sementes prosperam em terrenos arenosos ou argilosos e dão em breve tempo. A árvore serve para adornar passeios públicos, por ser de belo porte, frondosa e duradoura. A fruta é muito saborosa e comestível. Obtém-se um verniz de cor amarela denegrida, de cheiro bastate fétido, praticando talhos no tronco que destila um suco resinoso abundante.

 

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