História Natural. Folhas oblongas, pedúnculos, multiflores, cálice de quatro repartições, quatro pedalos enrolados, oito anteras compridas, um estilete, um drupo monosperma. Arbusto que desenvolve um aroma agradável quando as flores se abrem: alguns acham nele semelhança com o cheiro do cravo da Índia. É preciso não confundir a Ximenia americana com duas outras variedades: a Ximenia encelioides e a Ximenia egyptiaca. A casca da Ameixeira da terra é escura e com rugas, a madeira é branca, os ramos tortuosos guarnecidos de folhas alternas ovalo-oblongas, moles, verdes, nas duas faces, compridas de duas polegadas, tendo na base um espinho curto direito e agudo. O cálice é curto, a corola compõe-se de quatro pétalas esverdeadas por fora, dentro das quais há um cotão branco. Oito estames sustentados por curtos filamentos; anteras oblongas de dois septos. Ovário oblongo, um pouco arredondado separado por um estilete curto, e acabando com um estigma agudo. O fruto é um drupo amarelo que contém uma amêndoa de forma e tamanho de uma azeitona. As flores variam algumas vezes pelo número de suas partes.
Análise Química. A fruta contém um princípio * açucarado em grande abundância e que fermenta bem depressa. Extrai-se álcool. A polpa contém acido gálico. As amêndoas encerram um óleo gorduroso e um princípio extrativo purgativo. O suco das frutas frescas ** libras duas onças de extrato mole.
Propriedades. Recomenda-se a polpa da Ameixeira da terra como se faz da polpa de tamarindo; ela é laxativa e serve nos casos de constipação teimosa de ventre, nos embaraços gástricos e nos primeiros períodos da disenteria. A casca é adstringente, as amêndoas purgativas. Costuma-se fazer um xarope com as frutas, o qual se administra na dose de uma onça, quando se receita o xarope das amêndoas ou o seu extrato, então dão-se doses menores, de um escrópulo mais ou menos.