Abóbora ordinária

Abóbora menina, Cucurbita pepo, Abóbora pão, Monoecia Syngenesia de Linneo, Família das cucurbitaceas

Abóbora ordinária

   História Natural. As raízes são pouco numerosas, curtas e cabeludas; hastes rasteiras sarmentosas, hirsutas e ramosas; folhas largas, pecioladas de cor verde clara, de forma redonda, guarnecidas de nervuras e riscos brancos por cima, dentadas no seu contorno e ligeiramente pubescente. As flores são axilares, de cor amarelada, com pedúnculos curtos, endurecidos e estriados, quando a fruta torna-se madura. A corola estreita-se na base.  Nota-se no centro uma cavidade que os estames cobrem em parte. O limbo direito divide-se em cinco cortes venosos, ovados, um pouco em relevo. A fruta é oblonga, cor verde carregada e coberta de verrugas de cor verde e amarelada. A Abóbora pepo ou ordinária, debaixo da sua casca dura e quebradiça, encerra uma polpa de cor amarela carregada, firme,  que dá um suco, segundo alguns, nauseoso; outros, quase *. Esta espécie fornece uma série de variedades que se cultivam igualmente em quase todos os continentes. Pela cultura, a Abóbora ordinária consegue um sabor açucarado. Alguns químicos asseveram que ela pode fornecer ainda mais açúcar do que a beterraba. Sua cultura varia de mil modos, de acordo com a forma e os tamanhos das abóboras. Para as obter de tamanho e qualidade superiores, mormente em terrenos já cansados, é necessário cavar buracos à distância de braça um do outro, e de um até dois pés de circunferência, nos quais se juntam os estercos e cinzas que houver a mão com uma porção suficiente de massapé ou terra do brejo ou de mato virgem (ver Agricultor Brasileiro, p.53)

  Propriedades. A Abóbora ordinária fornece um alimento abundante, gostoso e sadio, misturada com a carne fresca ou seca, com favas ou feijões. Recomenda-se a polpa para a cura das oftalmias agudas, pois ela acalma o calor, as dores e a tensão das partes inflamadas. As sementes são frias, calmantes e laxativas. “Todas as espécies de abóbora culta”, diz Manso (Revista Médica, t. 4, p.417), “são abundantes de óleos nas sementes;  por isso, devem ser enumeradas como laxantes, além do efeito de toda substância crua, que se observa nos animais. Este efeito pode ser considerado com mais amplitude em toda a família e suas afins.”

   Análise Química. Encontra-se na polpa uma porção copiosa de açúcar, pois segundo uma observação recente, vinte e sete quintais de abóbora deram um quintal de açúcar e um de xarope (Cultivateur, t.X, p.516). Igualmente, extrai-se da fécula um princípio mucilaginoso, e outro amargoso que se julga misturado com a elaterina; enfim, um princípio colorante amarelo. As sementes dão um óleo fino que alguns reputam ser peitoral. Faz-se com as sementes emulsões calmantes que se adoçam com xarope de goma arábica, sendo aromatizadas com a água destilada de flor de laranjeira.

 

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