Abacaxi

Abacaxi bromélia Arruda, Família das bromeliaceas

Abacaxi

   História Natural. Cálice de seis divisões iguais ou desiguais, três alternas, três maiores, três estames nascendo da base sobre corpos glandulosos que cobrem o ovário, constituído de um estilete de estigma trifido; fruto tricelular ou uma baga que não se abre hora nenhuma; cápsula trivalvular. Os índios do alto Amazonas chamam abacaxi uma espécie de ananás, cuja cultura tem se propagado em outras províncias do norte do Brasil. O desembargador João Antônio de Miranda, ex-presidente do Pará, enviou à Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional do Rio de Janeiro muitas plantas de abacaxi para serem introduzidas nas províncias do Sul do Império. A cultura tirou o gosto de ácido acerbo que era próprio do ananás; ela modificou o excesso do ácido málico e cítrico que o abacaxi contém, tornando-o assim muito mais saboroso e apreciado. Conhecem-se na província do Maranhão três espécies de abacaxi: um de fruta branca, outra de cor encarnada e uma terceira de cor roxa. O sabor do abacaxi supera e muito o dos outros ananases. Diz o Ignácio Accioli que os abacaxis do Pará são muito grandes e superiores aos de Cuba. Manuel Arruda levou do Maranhão para Pernambuco as duas primeiras qualidades de abacaxi; um de fruto branco, cujas folhas não têm serrilhas; outro roxo de folha espinhosa e  propagou ambos na dita província.

   Análise Química. Presença de copiosa porção de ácido málico e cítrico na fruta, a qual é sempre cáustica antes de estar madura. O suco fermentado faz um vinho agradável.

  Propriedades. Serve para sobremesa e o seu uso facilita a digestão; atribuem-se-lhe virtudes medicinais iguais às dos outros ananases e alguns sustentam ser o abacaxi um poderoso afrodisíaco.

 

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