Sarcocolleira

Árvore de cola, Penaea mucronata, Penaea sarcocolla Lamarck, Família das peunaceas

Sarcocolleira

    História Natural. A Corographia bahiense aponta a Árvore de cola por ser cultivada na Bahia desde muito tempo; do tronco brota uma resina amarelada, de cor rosada, sem cheiro e de sabor amargo. O arbusto é indígena do Cabo de Boa Esperança, tem um porte bonito, alto de dois pés, direito, de ramos alternos, os superiores dicotomos. As folhas são numerosas, opostas sobre quatro fileiras, ovais, glabras um pouco mucronadas no topo. As flores são rentes e fasciculadas na extremidade de cada ramo.

    Análise Química. A árvore destila uma resina meio transparente, quebradiça, solúvel em água e álcool e derrete-se ao fogo. Segundo a análise de Pelletier, a resina contém goma, um princípio chamado sarcocollina, bassorina, gelatina, matéria lenhosa. A Sarcoccolina é incristalizável. Segundo Cerioli, é uma combinação de um princípio amargoso com açúcar. Thomson a considera uma substância intermediária entre a goma e o açúcar.

   Propriedades. Os antigos médicos prescreviam a Sarcocolla internamente como purgativa em alguns casos graves de enfermidade. Foi também empregada como remédio vulnerário para fechar as feridas; o seu modo de operar assemelha-se muito ao collodium, pois, segundo os livros antigos, aplica-se a resina diluída sobre as chagas recentes e bastava uma ou duas aplicações para conseguir a imediata cicatrização das carnes.

 

 

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