Salicornia

Coral do mar, Salicornia fructicosa Lamarck, Família das chenopodeas

Salicornia

    História Natural. Os pântanos salgados de São Cristovão e de Cabo Frio, província do Rio de Janeiro, abundam em Salicórnia. O gênero que conta com 20 espécies, todas elas vindas nas praias marítimas e nos lugares impregnados de sal marinho, oferece os seguintes caracteres: planta herbácea de triste figura, de talos muito ramificados, quase sem folhas, compostos de articulações truncadas, levando nas extremidades as flores dispostas em espiga nua; cálice inteiro quase tetragônico, dois estames, filetes subulados, anteras biloculares, ovário com estigma bífida; fruta pseudosperma. Ainda a distinção dos caracteres do gênero Salicórnia apresenta muitas dúvidas e dificuldades.

    Análise Química. A análise que o Sr. A. St'Hilaire encomendou ao Sr. Lambert, antigo discípulo da Escola Politécnica, deu o seguinte resultado: “A Salicórnia do Rio de Janeiro contém partes insolúveis 1,97; carbonato de soda 1,18; muriato de soda 1,60; magnésia e cal 20; perda 5; resultado de 5gr. A planta fornece uma soda menos rica que a da Índia e da Alicante, porém mais rica que a de Cartagena e de Marbonna. Cultivando a planta com certo cuidado, pondo-a em lugares menos invadidos pelas águas do mar, ela conteria então menos muriato e maior porção de carbonato de soda e poderia, neste caso, concorrer com as primeiras sodas em qualquer mercado” (Mémoires du Muséum d'Historie Naturelle, t.3, p.221).

    Propriedades. A Salicórnia, pela incineração, produz sais de soda; é excelente para  engordar gado e dá à carne um sabor muito apreciado. Alguns povos comem a Salicornia fruticosa e as outras espécies em saladas ou em conserva com vinagre.

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