Sagú

Sagus, Sagu genuina Gaertner, Metroxylon Rottb., Família das palmeiras

Sagú

    História Natural. A aquisição do Sagu não nos seria desvantajosa, dizia o Arruda. Com efeito, desde então têm-se plantado as várias espécies de palmeira do miolo de cujo o tronco se extrai uma fécula muito substancial. Havemos encontrado no distrito de Jacarepaguá a cultura de várias palmeiras que fornecem o Sagu. O gênero sagus compreende um pequeno número de espécies de palmeiras com altura mediana. As três espécies cultivadas no Brasil são: 1°) Sagus Rumphii Willdenow, de tronco pouco alto, liso e acabando com um ramalhete de folhas grandes e pinadas, armados de espinhos compridos e caducos. Os regimens se acham primeiro envolvidos em um grande tronco espinhoso cuja dimensão é enorme, pois eles conseguem o comprimento de quatro metros, as suas últimas divisões são cotonosas. 2°) Sagus Raphia Lamarck ou Raphia vinifera, árvore de pequena altura; seu estipe acaba por grandes folhas pinadas, pendentes, carregadas de espinhos curtos; seu regimen é amplo, os ramos são numerosos e desiguais, apertados e guarnecidos cada um de duas ou três espatelas curtas abertas de um lado, as flores masculinas estão junto com as fêmeas sobre os mesmos ramos dos quais ocupam a extremidade. 3°) Sagus pedunculata Poiret; este tem alguma diferença do que precede pela forma da fruta e por serem as flores masculinas pedunculadas.

    Análise Química. O sagu figura em glóbulos redondos, duros, elásticos, de difícil pulverização. Os glóbulos mergulhados em água dobram de volume, porém não se tornam aderentes uns aos outros. Os grãos, separados pela agitação do líquido e coloridos pelo joio, apresentam ao microscópio uma forma ovoida, elíptica e alongada. A água na qual o Sagu foi macerado, sendo filtrada, não se colora pelo joio. A fécula de Sagu cozida dá um resíduo abundante, denso, fácil de se separar do líquido. O resíduo parece formado de tegmentos duros, corados de branco e alguns vestígios parenquimatosos, de cor roxa.

    Propriedades. A fécula de sagu é muito nutriente, serve para fabricar pão e vários alimentos. Das várias espécies de Sagu, o que se chama Sagu tapioca é o mais procurado para o uso doméstico até melhor que as outras féculas brancas, pardacentas e rosa que se vendem nas lojas de droguistas, por serem Sagus de várias espécies de palmeiras e de diversas regiões da Índia. Os médicos receitam a fécula de Sagu em cozimento, geléias e em pastilhas e aconselham seu uso nos casos de inflamações crônicas do peito, do estômago e dos intestinos, por ser alimento leve e de fácil digestão.

 

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