Imburana

Bursera Leptophlocos Martius, Família das burseraceas de Kunth

Imburana

   História Natural. Congênere da Bursera gummifera de Jacquin, da Bursera paniculata de Commerson, da Bursera obtusifolia de mesmo botânico. A árvore, indígena da Bahia e de Minas, apresenta um tronco de ordinário inclinado, coberto de uma casca ruiva que se tira por pedaços e descobre-se uma nova casca de uma bela cor verde. A Imburana participa dos caracteres do gênero que primeiro foi constatado por Jacquin na família das therebentinaceas, e que depois veio a ser o tipo da família criada por Kunth. Esses caracteres distintos são: cálice persistente, quadrífido de três ou cinco partes caducas; lobos bastantes espessos, ovais, côncavos, obtusos e iguais; quatro pétalos pegados ao disco, oblongos, largos na base, três vezes mais compridos que o cálice, iguais, reflexos; oito estames pegados ao disco menores do que a corola, anteras oblongas, abertas; disco anular; ovário ovoido, rente, trilocular contendo óvulos emparelhados colaterais e fixos ao eixo central, estigma rente e trilobado. Drupa oblonga com ângulos obtusos pela parte interior, três caroços; casca da fruta carnuda, suculenta, cada caroço é monospermo e coberto de uma película; sementes com tegmento membranoso, privadas de albúmen. A árvore é alta, copada de folhas ternadas ou singelas, e encontra-se nos sertões da Bahia e na parte meridional de Minas Gerais.   

    Propriedades. O bálsamo verde alourado que a árvore destila, parecido no cheiro à terebintina, substitui as resinas Elemi e Animé. Essa resina líquida e terebintinácea emana da casca do tronco. Ela contém igualmente a surserina descoberta por Bonastre, pulverulenta, insípida, inodora, solúvel dentro do éter e não dentro do álcool. Emprega-se o bálsamo Imburana em Minas como verdadeira terebintina. Ela abunda nas caatingas e basta sarjar a casca para se obter uma resina fluida, oleaginosa, de cor verde que alguns facultativos recomendam para substituir o bálsamo de Copaíba.

 

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