Pixurim

Nectandra puchury, Laurus pechurim Linneo, Ocotea pechurim Humboldt, Família das laurineas

Pixurim

      História Natural. O Loiro pixurim é árvore alta, de casca cinzenta, encontra-se no Rio Negro e nas várias partes do Grão Pará. A sua primeira descrição deve-se ao Humboldt que lhe deu o nome de Ocotea, apesar de não ser o dito nome, segundo os outros botanistas, bem aplicado. O fruto ou amêndoa pixurim tem dois lobos convexos, com película rugosa de cor escura; interiormente os lobos são côncavos, lisos e de cor de castanha clara. Flores dispostas em panículas, fruto de uma só semente com dois cotilédones espessos. Folhas alternas e persistentes, as dos jovens ramúsculos são de cor rosa semeada de amarelo. Flores pequenas, hermafroditas, esverdeadas. São duas espécies: Nectandra major e Nectandra minor. O fruto tem o tamanho de um ovo e na Nectandra minor é de tamanho inferior.

     Análise Química. Bonastre publicou no Journal de Pharmacie de Paris, em janeiro 1825, um trabalho analítico da fava ou amêndoa Pixurim. Ela fornece pela destilação em água um óleo essencial, de uma cor branca suja pelo contato do ar, de sabor acre-amargo e se concreta a uma temperatura mediana. O aroma é um composto de cheiro do Loiro e do Sassafrás. Uma parte do óleo é solúvel dentro do álcool, a mais aromática. A outra é insolúvel dentro do álcool frio. O resíduo obtido pelo álcool e tratado depois por certos reativos produz uma matéria de cor escura. A incineração dá um resíduo alcalino. 500 partes de pixurim deram óleo concreto 15; óleo fixo gorduroso 50; estearina 110; resina glutinosa 15; matéria colorante escura 40; fécula 55; goma solúvel 60; goma semelhante à goma adoagante 6; ácido unido com substâncias estranhas 2; açúcar incristalizável 4; resíduo salino 7 ½; parenquima 100; umidade 30; perda 6.

     Propriedade. É de uso medicinal nos casos de diarreia atônica, disenteria crônica e leucorreias. O farmacêutico Lebreton preparava uma tintura alcoólica que ele recomendava para fricções tônicas. A conversão da amêndoa para chocolate não produz um alimento substancial e tem gosto muito desagradável. Faz-se uso em pós internamente e emprega-se o óleo em fomentação sobre cataplasmas como meio estimulante e tônico.

 

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