História Natural. Caule herbáceo, altura de alguns pés, direito, guarnecido de folhas muito grandes, separadas, pecioladas, redondas, inteiras, acabando em ponta, chanfradas em forma de coração na base, ou com dois lobos quase apegados, ligeiramente peludos por baixo, marcados de nervuras que se estendem da base até o meio da folha por onde elas se ramificam. Pecíolos compridos, glabros, cilíndricos, amplexicaules, guarnecidos na base de uma bainha membranosa onde a espiga se acha presa antes de seu desenvolvimento. Espigas axilares, esbranquiçadas, em número de três a seis, dispostas em umbelas, sustentadas por um pedúnculo comum, direito e de cor branca. As escamas de cada flor são redondas, um pouco ciliadas e parecem peludas. As antenas são brancas. Ovário oblongo superado de três estigmas espessas, recurvadas e denegridas (Encycl., t.5). A Baga é monosperma.

    Análise Química. Mr. Henry pai publicou a análise das plantas no Journal de Pharmacie de Paris, t. X. A planta contém [em branco].

    Propriedades. Planta estomática e sudorífica empregada nas obstruções de vísceras, resultando de febres paludosas, intermitentes. Faz-se a infusão com três onças de Periparoba em libra e meia de água. Aplicam-se as folhas frescas sobre os lugares dolorosos acometidos de erisipelas, em casos de dores reumáticas agudas e de úlceras inveteradas. A planta é aromática e tem como maior virtude ser aperiente. O princípio aromático-acre que estimula o sistema linfático promove a urina, coadjuva poderosamente os curativos dos médicos. Martius chama também a Periparoba outra espécie Piper  parthenium ou Artanthe mikaniana. Esta se recomenda em banhos nos casos de suspensão da menstruação, de amenorreia.