História Natural. Planta herbácea da Didynamia Angiospermia Linneo, de cálice persistente com quatro divisões, a superior bífida, corola tubulosa, quatro estames didínamos com antenas reunidas em pares, ovário superado de estilete único, e dois estigmas, cápsula unilocular polisperma. Asseveram os botânicos que a planta assemelha-se a Veronica serpyllifolia. Ela nasce em várias regiões do Sul América. Vahl a descreve nas suas Eclogue americanea. Lê-se outra descrição do Doutor *arcoch nas transações da Sociedade Médico-Botânica de Londres, 1^º Caderno. Pison deu o nome Caa-ataya  a uma pequena planta que se julga ser uma Gratiola. O nome da Douradinha, consagrada pelo uso nas províncias do Norte, não pertence a esta planta; reserva-se para designar especificamente a Waltheria douradinha de A. St´Hilaire. A Orelha de rato tem raízes pequenas e vastas; a haste é delgada, ramosa e um pouco pubescente, guarnecida de folhas opostas, ovadas e um tanto redondas. As flores são axilares e solitárias em cima de pedúnculos curtos, alternos e singelos.

   Análise Química. A planta encerra goma, malato de cal e uma resina solúvel na água e no álcool.

  Propriedades. Segundo Martius, a Vandellia diffusa é amargosa, mucilaginosa e purgativa e pode bem substituir a Gratiola officinalis. Pison a reputava emenagoga e diurética, e o Marcgrave assim se exprime a respeito “hoec planta contusa cocta in aqua, ac pota purga gregis por superiora et inferiora”, l.1. cap. 15. O suco desta planta na dose de uma oitava dissolvida em um veículo purga muito bem (Pison). O doutor  * diz que ela é emética e que se emprega em cozimento nas febres contínuas e intermitentes, assim como nas  moléstias de fígado. O Conde de Stanhope acredita que ela poderia substituir como remédio purgativo as preparações mercuriais cujo emprego é muitas vezes perigoso. É a Vandellia diffusa que fornece o remédio chamado Painerada nas Guianas.