Nandacuru

Mandacaru, Manducuei, Cactus grandiflorus Linneo, Cactos de flores grandes, Família das cacteas

Nandacuru

     História Natural. O tronco da árvore é guarnecido de espinhos grandes e agudíssimos, divide-se em braços esquinados que vão nascendo uns nos outros, cruzando-se em diferentes direções. Destes braços brotam grandes botões cobertos de pelos comprimidos, que parecem destinados pela natureza a abrigar a flor até a sua desenvolução. No meio da flor, se vê uma espécie de vaso formado por pétalas brancas e numerosas, a que dá realce um contorno de pétalas amarelas, formando um talo com nove ou dez polegadas de diâmentro. Numerosos estames amarelos ocupam o centro desta magnífica flor e se inclinam sobre o pistilo, como para afagá-la. O fruto é grande, oval, amarelo e saboroso.

    Análise Química. O Nandacuru ou Umandacari contém, do mesmo modo que muitos cacteiros seus congêneres, um suco leitoso, gomo-resinoso que se torna concreto pelo contato do ar, ou do calor. O suco é acre, nauseabundo e queima o paladar; contém uma matéria extrativa, albumina, princípio volátil, goma e resina muito ativa.

    Propriedades. A tintura alcoólica da goma resina é um excelente hidragogo; o suco é venenoso, provoca vômitos e uma disenteria dolorosa. Todavia, alguns práticos o receitam com prudência por ser um poderoso remédio contra os vermes.

 

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