Alfavaca de cheiro

Ocymum americanum Linneo, Dydynamia gyminospermia, Família das labieas

Alfavaca de cheiro

  História Natural. A raiz é dura e fibrosa, o talo tem altura de um pé, direito, quase cilíndrico, verde e algumas vezes de cor vermelha escura, guarnecido de ramos quadrangulares, opostos em cruz e levantados. O talo parece glabro, porém apresenta na sua parte superior pelos brancos muito pequenos; as folhas são pecioladas, ovais, lanceoladas, denteadas, lisas, um pouco carnudas, de cor verde escuro, sustentadas por pecíolos mais ou menos ciliados; as flores são brancas, algumas vezes purpurinas ou azuis sustentadas por pedúnculos muito curtos e dispostos por verticilos incompletos, constituindo cachos direitos, compridos singelos e encimados. Cada verticilo, de ordinário, é composto de seis flores, cujos cálices são ciliados e barbudos.

   Análise Química. O suco da planta fornece uma cera resinosa, matéria extrativa com malato de cal, extrato gomoso, albumina, fécula verde, óleo volátil, tamino e um pouco de nitrato de potassa.

   Propriedades. Planta aromática, diaforética, cujas sementes servem para compor uma emulsão sedativa. Usam-se as folhas frescas para adubo e das flores cheirosas para cosméticos. As folhas e sementes dão um gosto aromático e adstringente. Os sertanejos da Bahia curam-se das defluxões com o cozimento ou xarope das folhas; as mesmas servem para extrair os argueiros dos olhos e os limpam. Alguns clínicos asseveram serem as folhas carminativas e capazes de provocar o regresso da menstruação nos casos de suspensão repentina. Emprega-se o sumo aplicado nos ouvidos para debelar a surdez. O chá das folhas regula pela dose de duas oitavas; receita-se o xarope por colheres. Tem-se tirado muita vantagem do xarope nos casos de tosse convulsa. As folhas são muito procuradas pelas abelhas. Rheede recomenda muito o cozimento da raiz contra as flegmasias da garganta. A dose do xarope é de três a quatro colheres por dia.

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