Mutamba

Mutombo, Guazuma ulmifolia Lamarck, Bulroma Schreber, Família das byttneriaceas

Mutamba

   História Natural. Árvore alta, copada, que traz no topo folhas e ramos que dão uma bela sombra; folhas alternas, oblongas, desigualmente denteadas, estípulas laterais, flores pequenas, de cor branca pálida, cálice de cinco lacínias, corola de cinco pétalas hipóginas, andróforo campanulado; anteras biloculares, didimas; ovário rente, cinco estiletes fixos, estigmas simples, sementes angulosas. A árvore é coberta de uma matéria pubescente, cotanilhosa, cápsula lenhosa.

   Análise Química. As cascas do tronco e das raízes contêm muito ácido gálico. São de sabor amargo. As drupas dão um suco inodoro e mucilaginoso.

   Propriedades. Trabalha-se facilmente a madeira branca e mole. Serve para construir barricas destinadas a conter o açúcar. A sua cultura nos Passeios Públicos convém muito pois a árvore dá uma bela e extensa sombra. As sementes são excelentes alimentos para o gado e cavalos. As frutas encerram uma matéria mucosa que pela destilação produz um álcool de sabor agradável. A segunda casca da árvore contém uma mucilagem que serve para banhos e cataplasmas emolientes. As folhas possuem a mesma propriedade. A Mutamba é indígena do Brasil e das Antilhas, embora se assevere haver sido transportada de Angola, onde se chama Ibixuma. O cozimento da fruta reputa-se refrigerante. A fruta é lenhosa e tem um sabor que recorda o gosto da figa grossa (A. St´Hilaire, Voyage a Goyaz). A árvore Matomba encontra-se em Goiás, Mato Grosso e em Pernambuco (Koster, Viagem à Pernambuco, t.2, 1817).

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