História Natural. Planta bonita cujas folhas são de um sabor picante e amargo. Come-se em várias partes da América como se fossem Carurus, pois o kaia mozambé tem um talo herbáceo, alto de dois pés e dá folhas aveludadas e uma flor capilar.

    Análise Química. O suco da planta tem um cheiro fétido, a semente dá um óleo gordurento solúvel dentro do álcool, um princípio cáustico, além de pequena porção de albumina.

    Propriedades. O Dr. Vicente Gomes da Silva diz que as folhas frescas são boas contra o escorbuto. A planta contusa causa pela sua aplicação tópica uma viva inflamação na pele e a vesica imediatamente. Os índios a empregam como sudorífica ou deitam em cima das orelhas as folhas pisadas para livrarem-se de dores de cabeça, ou bem esfregam com o sumo as partes do corpo frouxas cuja circulação lhes parece lenta. Dizem que as folhas excitam o apetite e dissipam as glarias e flatulências do estômago. Assevera o Rheede que a planta fresca, pisada e posta nos sovacos cura os excessos de febres. Semelhante virtude antifebril necessita melhor exame e fica ainda sob suspeita.

    Modo de administração. Internamente o cozimento antiescorbútico necessita uma onça de folhas por uma libra e meia d’água.