Carambola, Fructa do caramboleiro, Bilimbino, Averrhoa carambola, Decandria Petagyna de Linneo, Família das terebinthaceas de Jussieu, das oxiladeas de Martius
História Natural. Flores polipétalas, flores alternas, cálice de cinco folíolos, cinco pecíolos direitos, dez estaminhas, baga grande, arrondado, pentágono com cinco repartições. A árvore do Caramboleiro, segundo Martius, é oriunda da Índia, de onde foi transplantada para as hortas do Brasil. Hoje, vendem-se as frutas nos mercados do Rio de Janeiro, da Bahia e de outras cidades do Império. São provenientes de duas espécies: Averrhoa bilimbi e Averrhoa carambola. Existe uma terceira espécie, a Averrhoa acida, com frutos esféricos. Estas três espécies, ou arbustos de oito a doze pés de altura, frondosos e dando flores purpúreas são cultivadas no Brasil.
Análise Química. O suco do Bilimbi contém um princípio amargo e aromático, goma e porção de ácido málico. O suco da Carambola axilar abunda menos em ácido málico. As frutas da terceira espécie dão uma matéria extrativa, pouco ácido málico, muito ácido cítrico, porção de cal e sulfato de potassa. O suco das raízes é gomorresinoso, contém caoutchoue, um princípio amargo, malato de potassa e porção de cerina.
Propriedades. A Carambola é refrigerante e laxativa; convém nas inflamações agudas do fígado e do estômago, e nas febres biliosas. Faz-se com as frutas um xarope do qual se administra, a cada vez, uma colher de sopa em um copo de água. Fazem-se limonadas, doces e pastilhas, segundo o gosto dos enfermos que seguem um regime dietético no decurso de moléstias inflamatórias.