História Natural. Arbusto de oito a doze pés de altura, casca riscada com numerosos ramos, folhas ovoidas, sésseis, verdes, flores pequenas de uma cor branca amarelada, cálice liso persistente, formado de uma peça única quadrifida; corola de quatro pétalos, estames mais compridos; fruto como cápsula pequena globulosa, repartida em quatro divisões com sementes angulosas. Desde vinte e tantos anos, a cultura da Alcanna tem-se propagado muito nos jardins. Esta espécie distingue-se das Lawsonia alba e da Lawsonia espinhosa ou Mindi. Ela cresce naturalmente em outras partes do continente americano e tem-se encontrado na Ilhas de Cuba e de São Domingos; porém, no Brasil assevera-se que foi importada e logo, que apareceu no Rio de Janeiro, foi chamada Reseda oriental, Reseda das Antilhas.
Análise Química. Todas as partes do Alcanna têm um sabor áspero, amargo e acidulado; contêm óleo essencial aromático, uma matéria vermelha que serve de cosmético, misturada com sumo de limão. As três espécies de Alcanna fornecem igualmente a tal matéria vermelha chamada henné.
Propriedades. As folhas são excitantes e a infusão delas misturada com leite impede o sono dos letárgicos. Empregam-se hoje contra as moléstias nervosas, como antiespasmódicas, as folhas, as flores, a casca e as raízes em banho local ou geral. A raiz tem algumas virtudes vermífugas. O óleo essencial que se extrai é remédio salutar para fomentar a cabeça em casos de lesões do cérebro. Prepara-se também com as flores uma água aromática que é um excelente cosmético.