Cará do ar

Dioscorea altissima Lamarck, Família das asparagineas de Jussieu

Cará do ar

   História Natural. Planta trepadeira que vem em latada como o maracujá, de casca parda quase chata, pouco longa e de massa amarela. A raiz é nodosa, geniculada, guarnecida de fibras; ela deita uma haste sarmentosa, cilíndrica, quase lenhosa, nodosa, esverdeada, que chega a grande altura trepando nas árvores. Da haste, partem e dividem-se numerosos renovos delgados, compridos, folhados, os quais se espalham por todas as partes. As folhas são todas opostas, pecioladas, cordiformes, pontiagudas, esverdeadas e providas de sete nervuras; os cachos são axilares, opostos, longos, singelos, muito delgados, pendentes e guarnecidos de pequenas flores verdes, campanuladas com seis divisões.

   Análise Química. A raiz fresca contém uma fécula amilácea, açúcar incristalizável, mucilagem, resina e água.

   Propriedades. Alimento saboroso, a farinha do Cará do ar é excelente resolutivo nos casos de pleuris. Aplica-se quente misturado com vinagre, como se fosse um sinapismo em cima da pontada. No tratamento da disenteria, serve como alimento de fácíl digestão e tem algumas propriedades adstringentes. Na província do Pará, é geral o uso do Cará do ar.

 

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