História Natural. A árvore da Canella branca foi por muito tempo confundida com a árvore que dá a casca de Winter ou Drymis Winteri. Hoje, depois das investigações de Foster, reconhece-se que seus caracteres botânicos são muito distintos. A árvore da Canella branca tem tronco direito, cilíndrico, da altura de dez a cinquenta pés; casca branca; ramos endireitados, folhas alternas, pecioladas, inteiras, sem veias, cuneiformes, oblongas, redondas por cima. As flores são dispostas em corimbo terminal e guarnecidas de um cálice persistente de três folíolos imbricados; corola de cinco pétalas hipóginas, oblongas, côncavas; estames pregados no tubo que leva vinte e uma anteras lineares e paralelas, bivalvas; ovário livre; estilete cilíndrico, estigma sobressaído; fruta representada por uma baga globulosa, carnuda; sementes pretas, luzentes, globulosas com um pequeno bico recurvado; embrião fechado dentro do bico da semente, pequeno e cilíndrico, guarnecido de dois cotilédones lineares.
Análise Química. Segundo Mr. Henry, a Canella branca contém resina, óleo volátil, matéria extrativa, matéria colorante, goma, amido, albumina, acetatos de potassa e de cal; hidrocloreto de potassa e hidrocloreto de magnésia (Journal de pharmacie, t.8, p.197). Mr. Petroz e Robinet dizem que a Canella branca contém boa porção de Manite.
Propriedades. O comércio da Canella branca é muito limitado. Vendem-se nos mercados os cilindros compridos de um metro a meio metro de uma casca esbranquiçada, de cheiro da Canella da Índia, mais branca por dentro que por fora, espessa, de sabor quente, aromático, acre amargoso. A casca extraída dos ramos que se deixa secar à sombra serve para as artes diversas da culinária e da confeitaria. A destilação pelo álcool tira-lhe o cheiro empireumático. Em medicina, prescreve-se a Canella branca como tônica, cordial, estomacal e antiescorbútica. Murray a recomenda como sendo um dos mais poderosos tônicos, o que parece um tanto suspeita de exagero.