História Natural. O Martius, na sua matéria médica, compreende com o nome vulgar de Cambuí três espécies de Schinus: o Schinus molleoides de Vellozo, o Schinus rhoifolius e o Schinus mucronulatus, que há na província de Minas Gerais. Destas três Schinus, a mais conhecida é a Schinus molle, chamada Pimenteira do Peru ou da América, arbusto cujas folhas são cheias de um suco leitoso com cheiro de feno. O talo fornece uma resina aromática branca opaca; as frutas são em cachos, formam drupas pequenas piriformes.
Análise Química. A casca que precipita o ferro com cor azulada contém goma e resina, além do óleo essencial que encerram as frutas. Pela maceração dentro da água obtém-se das frutas uma fermentação que favorece, segundo o processo, a composição da cerveja ou do vinagre.
Propriedades. Usa-se o cozimento da casca e das folhas para debelar as dores reumáticas e os tumores provenientes da sífilis ou gota. A resina reputa-se purgativa. Os raminhos servem para palito. O emprego vulgar do Cambuí é em banhos ou fomentação nos casos de flegmasia, com inchaço das coxas ou pernas.