História Natural. Planta vulgar no Brasil que se observa nos morros do Rio de janeiro, de Santa Catarina, em Minas perto de Congonhas, nas províncias do Espírito Santo, da Bahia e do Norte. Ramos tetrágonos com pedúnculos pubescentes aculeados; arbusto de cinco pés de altura, notável pelos espinhos em forma de gancho que apresenta nos ramos. Folhas opostas, pecioloadas, ovadas, cordiformes, recortadas, pontudas, enrugadas, ásperas ao tato, de cor verde carregado. Flores em cimeiras umbeladas, pedunculadas nas axilas das últimas folhas, colocadas nas sumidades dos ramos, de cor amarela, tornando-se depois escarlate, com pequenas brácteas lanceoladas e caducas.
Análise Química. A fruta contém um óleo essencial composto de cânfora e um princípio amargo que se dissolve dentro da água, e que comunica certo aroma ao álcool. Deitando-se uma solução de sulfato de ferro em uma xícara de infusão do Camará de espinho, reconhece-se logo a presença do ácido gálico.
Propriedades. O chá da planta reputa-se uma das mais proveitosas bebidas antiespasmódicas para curar as indigestões e flatulências de estômago nos casos de hipocondria. O cozimento das folhas serve para banhos em casos de convulsões letânicas ou histéricas. O óleo administrado da mesma forma que o licor andino e é calmante do sistema nervoso.