Brincos de princesa, Fuchsia coccinea Wildenow, Fuchsia triphylla, Peduncles muiflores Linneo, Quelusia regia Vellozo, Família das onagraceas
História Natural. No final do século XVII, Plumier fez conhecer o Fuchsia coccinea que havia descoberto nas suas plantações botânicas, e dedicou a planta ao naturalista alemão Fuchs. Mais tarde, Commerson encontrou a mesma planta sobre as praias do distrito de Magalhães; o Lamarck a descreveu com o nome de Fuchsia magellanica; porém, novas buscas fizeram encontrá-la nas matas de São Domigos e igualmente se observa nas do Brasil, sobretudo na Serra dos Órgãos, donde ela foi transplantada para os jardins da cidade, como planta que serve de ornamento e que tem alguma utilidade econômica e médica. A planta é vivaz e floresce em todas as estações do ano. A raiz é lenhosa, ramosa, arruivada, o caule é herbáceo, direito, de cor verde avermelhada, que chega à altura de dois pés. As folhas são lanceoladas, inteiras, de um verde pálido, finas, sésseis e dispostas três a três, como por verticilos. Os pedúnculos são uniflores e juntos em cachos direitos na parte superior da haste. As flores são belas de cor escarlate; o cálice superior infundibutiforme, limbo repartido em quatro * recortados, * pontudas * sem as divisões do cálice, coloridas e de mesmo * * estames, que não são salientes formando a flor amarela, ovário inferior com um estilo do comprimento * e estigma espessos e obtusos. A fruta é uma baga ovoida, maior que uma azeitona, mole, carnuda, de massa avermelhada de gosto agradável que * * sementes * ovais e de cor escura.
Análise Química. Obtém-se da infusão da casca e das bagas um precipitado o qual fornece, quando se evapora, cristais de vários ácidos e estíptico que lembra o ácido gálico. O álcool fervido dissolve muitas partes do ácido.
Propriedades. Os índios tingem as redes com o sumo das flores; a cultura da planta necessita frequente regadura, e ela se multiplica por sementes, de galhos, etc; externamente aplicam-se as folhas para amenizar as dores uterinas. Alguns facultativos das * recomendam o seu uso como sendo um excelente anti* nas febres intermitentes. Faz-se uso da planta para tônicos dos sistemas linfático e celular, e o maior uso que a medicina obtém é de combater a diarréia dando internamente a tintura alcoólica. A dose da casca para cozimento é de uma oitava, e regula-se meia oitava para os pós e * de 20 a 30 gotas. (ver Fuchsia).