História Natural. Folhas peludas, pecíolos muito compridos, pedicelos fasciculados, longos e uniflores, limbo da corola de cinco lacínias; estigma tripartida; a planta floresce nos tempos de calor úmido pelas margens dos rios e nos lugares alagadiços (Vellozo, Flora Fluminense, 75). Pouco difere a planta brasileira da sua congênere das Antilhas, Menyanthes indica Linneo. A raiz é da grossura de um dedo pequeno, de cor esverdeada malhada de rosa, perpendicular e fibrosa. As folhas são radicais, de bela cor verde lustrosa por cima, avermelhadas por baixo, guarnecidas de nervuras salientes. As flores apresentam-se em estrela de cor purpúrea por fora, branca por dentro com estames e anteras bífidas; fruta cheia de sementes ovais, amarelas, de sabor amargoso (Encycl.).
Análise Química. A Menyanthes brasilica deita um aroma suave. Ela contém um princípio amargo, tanino e uma resina gomosa.
Propriedades. Usa-se o suco da planta, pela sua reconhecida adstringência, como eficaz contra as hemorragias peitorais. As folhas pisadas com vinagre fazem um excelente gargarejo contra a esquinências escorbúticas. O cozimento da raiz, os pós e o extrato se receitam como desobstruintes nos casos de enfermidades glandulares e cutâneas.