História Natural. O Dolichos lablad apresenta as hastes cilíndricas, sarmentosas rodeando os tutores naturais que se acham ao alcance com folhas e ramos. As folhas são compostas de três folhas ovadas, acuminadas, pecioladas, glabras no meio e pubescentes nas orlas. Em cima do pecíolo comum se acham dois filetes estipulares mais compridos do que os das outras espécies. As flores são dispostas em cachos terminais e matizadas de púrpura e roxo. Algumas vezes, inteiramente brancas. Os legumes são glabros com a forma de sabre curvado, e encerram um pequeno número de sementes pretas ou avermelhadas, notáveis pelo seu umbigo prolongado. A planta cresce naturalmente no Egito, em outras regiões da África e em todo o sul América.
Análise Química. Grande porção de amido nas sementes, açúcar incristalizável, matéria gordurenta e sais de cal e de potassa, segundo a análise de Perini.
Propriedades. Segundo Prosper Alvine, as mulheres do Egito misturam o cozimento das sementes com porção de açafrão e bebem para provocar a menstruação. A mesma preparação se recomenda para curar a tosse, a dispneia e para restabelecer as urinas suspensas. As sementes ou feijões são comestíveis e de muita estimação entre os africanos. Bowdich assevera que na ilha de Benjole faz-se ferver as sementes com gordura de bode e que se fomenta o ventre com tal banha para desvanecer os flatos e facilitar os arrotos, quando o tubo digestivo está assaltado de gases e de péssima digestão.