História Natural. O Dr.  Vicente Gomes da Silva diz que o nome vulgar de Língua de vaca se costuma dar ao Tussilago nutans de Linneo. Observa-se que a mesma ordinária denominação aplica-se na  França a Scabiosa arvensis Linneo ao Symphitum officinale Linneo e ao Talinum polyandrum de Ruiz e Pavon. Nos Estados Unidos do norte América, designa-se pelo nome de  Língua de vaca o Eupatorium rotundifolium de Linneo. As flores masculinas do gênero Tussilago, admitido pelo Cassini, são centrais tendo um ovário abortado que leva um penacho de palhetas pouco numerosas; a corola é profundamente dividida em cinco septos curvados. As fêmeas são providas de um ovário oblongo, com um  penacho de poucos pelos; a corola é comprida, estreita e linear. As folhas e as flores não deitam cheiro, o sabor é amargo e um pouco austero.

   Análise Química. Os princípios mais importantes que se encontram nessa espécie de Tussilago, são mucilagem, extrato de cor denegrida, ácido taminico, matéria que dá cor, vários sais e matéria fibrosa.

    Propriedades. Assevera o Dr.  Vicente Gomes da Silva, que a planta é tônica e incisiva "de todas as espécies do Tussilago, é esta a mais preciosa, desde gênero. A sua virtude reside em todas as partes da planta, principalmente nas folhas que devam sempre ser preferidas. Elas contém um suco amargo, um pouco austero e viscoso. Convém nas moléstias catarrais do peito tanto agudas como crônicas. Pode-se também administrar o sumo espremido das folhas frescas nos casos em que se tem dado o Tussilago farfara Prepara-se se com a planta, o xarope, o extrato e a água de Tussilagem". A  Língua de vaca se deve receitar em chá para curar os casos de tosse, de dificuldade de respirar, a infusão facilita a expectoração e provoca a diaforese. O sumo tem sido aconselhado no tratamento da tísica pulmonar do mesmo modo que o sumo do Tussilago farfara. Alguns chamam  Língua de vaca o Farpira pecu de Pison (ver Rabo de raposa).