Japecanga

Juapecanga Marcgrave, Jupicanga, Japicanga de Pison, Smilax glaucea Martius, Smilax syphilitica Kunth, Legação papelacea, Inhapecanga,  Smilax syringoides Grisebach,  Smilax china Vellozo, Família das smilaceas

Japecanga

  História Natural. O nome de Japecanga pertence especialmente às duas espécies Smilax japicanga e Smilax syringoides de Grisebach e não se deve conceder a outras variedades de salsaparrilha, para assim fugir da confusão. Existe nas províncias de Minas e Goiás a Smilax glauca de Martius, cuja raiz é formada de fibras longas cilíndricas, grossas do tamanho de uma pena de escrever, com rugas quando se acha seca, de cor cinzenta, algumas vezes de cor escura avermelhada. “Em Minas”, segundo Martius, “dá-se também o nome de Raiz de china branca ou rubra, a variedades da espécie Smilax glauca, segundo a origem da cor particular destas raízes (Revista Médica Fluminense, 1840, p.339 ). As raízes das duas espécies japicanga e syringoides de Grisebach examinadas pelo sábio farmacêutico  Guibourt assim se apresentam: a primeira composta de tubérculos redondos, brancos  por dentro, com princípio rubro no epiderme, talos cilíndricos da grossura de uma pena, lisos na superfície, de cor verde e amarela por fora. As raízes são fendidas por metade de seu comprimento, e acham-se cobertas de uma casca cinzenta avermelhada; a segunda oferece um corpo lenhoso esbranquiçado, cilíndrico e forrado no centro de um canal largo, caráter que estabelece uma diferença entre a Japecanga e a Salsaparrilha oficial, a qual é cheia e sólida no seu interior. Ambas possuem um sabor amargo (Guibourt, t.2, p.185).

  Análise Química. O Dr. Palotta encontrou amido e a substância que os químicos chamam paviglina em abundância na Japecanga, além da goma e de uma matéria colorante, óleo gordurento, sais neutros e nitrato de potassa.

  Propriedades. O cozimento da raiz de Japecanga constitui uma das mais utilizadas receitas dos médicos na Corte e nas províncias, nos casos de exantemas crônicos, moléstias venéreas e reumáticas, como o mais valioso agente sudorífico. Administra-se de uma a duas libras de cozimento por dia, fazendo o dito cozimento com meia onça até duas de Japecanga sobre duas libras de água e dando três vezes por dia uma dose até cessarem as dores venéreas ou reumáticas. O uso do mesmo cozimento nas moléstias de artroses e dos rins é antigo entre os índios.

 

 

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