Imbiri

Canna glauca Linneo, Albará, Erva dos feridos Pison, Família das marantaceas

Imbiri

  História Natural. Canna verde dos pântanos e terrenos alagadiços, de folhas largas, ovais, lanceoladas, pecioladas, lisas de uma bela cor verde; flores grandes, amarelas, dispostas em bela espiga encimada. A variedade apresenta flores de cor vermelha, raiz tuberosa como a dos Íris ou Lírio roxo.

   Análise Química. A raiz contém um parênquima amiláceo, matéria oleoresinosa etérea; a fécula que se extrai do rizoma equivale quase à da Araruta, sendo de cor mais parda do que branca. A raiz fornece uma matéria que parece goma elástica.

  Propriedades. A planta é diurética e sudorífica. Aproveita-se a erva colhida de fresco e contusa em banhos contra as dores reumáticas e torpor dos membros; aplica-se sobre feridas ou úlceras; modifica a supuração e favorece a cura. O suco do Canna ingerido  aplaca os efeitos nocivos do mercúrio; o sumo da fruta acalma as dores agudas do ouvido. Pison, assevera que as úlceras boubaticas cediam ao emprego das folhas de Imbiri, que serviam bem para limpar a pele dos negros novos. Os negros, acrescenta Pison, comem as raízes da Canna glauca e servem-se delas cozidas para madurecer as postemas. O pó da raiz seca entra na composição dos pós de dentes (Martius, Mat. Med. Bras.).

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