História Natural. Diz o Dr. Emílio Joaquim da Silva Maia que o gênero Agave contém poucas espécies, mas quase todas são nativas do Brasil. Os indivíduos de que elas se compõem têm as folhas mais ou menos espessas, bastante compridas e formadas de um tecido filamentoso suscetível pela maceração de produzir um linho chamado Pitta, o qual se presta para o fabrico de todos os tecido usados no mundo. Assim, já houve no Rio de Janeiro uma fábrica de papel feito com tal linho. O que fornece este linho em maior quantidade e melhor é o Agave foetida. A Pitta, diz o príncipe M. Neuwied (ver t. 1, p.14b, Viagem no Brasil), tem folhas lisas, compridas de oito a dez pés; do seu centro se levanta uma haste forte e alta de trinta pés, que traz flores de um amarelo esverdeado; a medula do talo chama-se pita, serve de cortiça aos viajantes naturalistas, que vão à procura dos insetos, das borboletas etc.
Análise Química. Extrai-se da Agave fétida o aloés caballino; o cheiro desagradável provém do suco das folhas. Emprega-se o dito extrato para curar animais.
Propriedades. Não se pode declarar que a Agave fétida, a qual para a indústria oferece múltiplos recursos, seja uma planta medicinal ao par das outras espécies de aloés. A arte veterinária tira algum partido de seu emprego e costuma-se, na Espanha, preparar com as folhas um extrato denegrido, seco, que se quebra uniformemente, o qual é muito inferior pelas suas qualidades purgativas ao extrato obtido das outras espécies de aloés da Índia.