Gauda

Reseda luteola Linneo, Dodecandria Trigynia, Família das resedaceas

Gauda

    História Natural. A Gauda foi recomendada pelo Sr. Riedel como um possível novo ramo de indústria para as províncias meridionais. Consta-nos que alguns ensaios de cultura foram praticados na província de Santa Catarina com proveito e, por tal motivo, cumpre-nos aceitar a planta como uma recente conquista da nossa agricultura. Tournefort descreveu a Gauda ou Reseda luteola bem conhecida vulgarmente pelo nome de Erva amarela. O talo é direito, singelo, pouco ramoso, anguloso; as folhas lanceoladas e onduladas nas margens; as flores pequenas, de cor amarela pálida, em cachos grandes, apertados, e terminais. Eles dão uma pequena cápsula, ovoida com sementes lisas e luzentes. O cálice é quadripartido, a corola tem quatro pétalos, apresentando o superior grande e prolongado; os estames são de trinta a quarenta. O ovário é séssil e deprimido; placentários singelos inferiormente e divididos superiormente em dois ramos.

    Análise Química. A planta fornece, segundo Mr. Chevreul, uma matéria colorante que ele chamou luteolina, substância sólida que forma cristais aciculares pouco solúveis dentro da água, e muito mais no álcool e no éter, e que o calor sublima sem causar sua decomposição.

    Propriedades. Emprega-se o cozimento da Gauda para a tinturaria de cor amarela e depois mesmo para obter a cor verde. A sua cultura torna-se objeto de grandes cuidados em certas partes da Europa, apesar de fácil. Semeada em terrenos arenosos, a planta cresce e dá maior parte de matéria colorante. Deve-se ter o cuidado de cobrir pouco as sementes e de  tirar as ervas que costumam embaraçar o desenvolvimento livre da planta. A colheita é sempre abundante e fazem-se pequenos feixes que se entregam secos ao comércio. Não só se emprega a Gauda para a tinturaria, mas ainda prepara-se com a planta uma laca amarela muito sólida que serve para pintura.

 

Carregando...