Galega

Galega sericea, Galega frutescens Plumier, Ruta de cabra, Família das leguminosas

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     História Natural. Arbusto bonito que se encontra nas províncias do Norte, cuja cultura é vulgar nas várias partes de Guiana; ele nasce nas matas e florestas e multiplica-se de sementes nos jardins como arbusto de gosto. A raiz é macia, espessa, lenhosa e branca, guarnecida de fibras e deita um cheiro nauseante. A haste é direita, da espessura do dedo, firme, alta de três a quatro pés, contendo um âmago estriado, anguloso, felpudo na sua parte superior. As folhas são alternas do comprimento de um pé, asadas e ímpares; compostas de quinze pares de folíolos quase lineares, cobertas por cima de uma seda embranquecida. As flores formam um cacho direito e terminal, com apêndices laterais situados nas axilas superiores, pedicelados, numerosos, púrpuros, e com uma mancha amarelada na base de seu estandarte. Os pedúnculos, cálices e frutas são cobertos de uma seda branca. As frutas representam vagens lineares, estreitas, contendo sementes reniformes, manchadas de pontos branco e escuro.

    Análise Química. Folhas insípidas e inodoras. Encontra-se na raiz um óleo essencial, resina mole, de sabor acre e picante, extrato adstringente, goma, bassorina, fibra lenhosa e água.

    Propriedades. O modo de ação sobre o estômago é quase nulo, apesar de provocar lentamente alguma perturbação do sistema nervoso e do cérebro em particular. O extrato que se prepara pela evaporação, torna-se mais ativo se, em vez de o aplicar sobre o tecido celular, praticar-se com ele injeções nas veias. Então provoca convulsões, vômitos e síncope. Combate-se  o envenenamento pelo uso de brandos vomitórios e de bebidas aciduladas. Os curandeiros recomendam o cozimento das folhas para debelar as febres exantemáticas, as epilepsias e as afecções verminosas. Alguns práticos servem-se do sumo da raiz para desengorgitar tumores escrofulosos, ou o empregam topicamente contra o sarcocito e bulbões sifilíticos. A tintura da planta produz narcotina. O sumo das folhas tem sido administrado como purgante, na dose de uma até duas onças, porém seu uso é perigoso. O melhor modo de administrá-lo é dá-lo em uma infusão vinhosa.

 

 

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