Flor de baile

Cirio nocturno, Cereus gracilis, Cactus grandiflorus Linneo, Cereus grandiflorus Mill, Família das nopaleas

Flor de baile

     História Natural. Deu-se no Rio de Janeiro o nome vulgar de Flor de baile a uma bela flor de cacto que se abre só à noite, espalha logo um aroma de baunilha e fecha-se e murcha de todo ao romper do dia. Os talos são cilíndricos, ramosos, esverdeadas, vão serpenteando e apresentam cinco a seis reversos, pouco salientes, guarnecidos de pequenos espinhos radiantes e fasciculados. Os renovos são peludos, as flores são laterais, muito belas, de cheiro suave, tendo sete ou nove polegadas de diâmetro. O cálice é grande, tubuloso, comprido e escamoso na sua parte inferior, composto no cume de folíolos estreitos, lineares, pontudos, amarelados, dispostos em várias fileiras, abertos que parecem formar uma coroa ao redor da flor. As pétalas são brancas, numerosas, lanceoladas e constituindo uma bela roseta côncava. O estilete é mais comprido que os estames, o estigma divide-se  em vinte lacínias de forma ou disposição infundibuliforme. A parte inferior do cálice é  composta de escamas felpudas; vem a dar um fruto ovoido do tamanho de um ovo de ganso, coberto de tubérculos escamosos, carnudo, cor de laranja, cheio de sementes pequenas de sabor ácido, bastante agradável.

    Análise Química. Este cacto contém suco leitoso, gomo resinoso, sem cheiro, porém acre, que queima a boca de quem o mastiga; uma matéria extrativa, porção de albumina e um princípio volátil aromático.

      Propriedades. O suco, aplicado sobre a pele, arde e provoca erisipelas; a tintura alcoólica que encerra as propriedades cáusticas e dá matéria extrativa tem sido administrada em doses pequenas para provocar a menstruação. É remédio perigoso que convém abandonar. Todavia, alguns professores o recomendam como um poderoso vermífugo.

 

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