Ácoro verdadeiro

Acorus calamus Linneo, Calamus odoratus Lamarck, Família das aroideas

Ácoro verdadeiro

   História Natural. Alguns botânicos chamam o Ácoro verdadeiro de Cálamo aromático, o que é um erro. O Acorus calamus pertence à Hexandria Monogynia de Linneo. É planta indígena da Europa, porém na Índia, China setentrional e no Brasil existe uma variedade, cujas raízes são mais cheirosas que as da Europa e o sabor menos amargoso e menos acre. Esta variedade foi descrita por Schott sob o nome de Acorus brasiliensium (Herb. Vindob. 4869). Tem uma raiz nodosa da grossura de um dedo mínimo, quase rasteira, a qual, dotada de fios e fibras que tem por baixo da terra, busca o seu alimento; sua cor é branca com vários raios vermelhos; muito leve, um tanto acre e agradável ao olfato; tem bastante robustez. (Dicionário de Eduardo de Faria, t.1). As folhas da variedade que se acha no Brasil apresentam menor tamanho, são mais estreitas e a raiz é menos grossa. A fruta é uma cápsula triangular que contém três sementes.

   Análise Química. A raiz, segundo o trabalho de Trommsdorff, contém óleo volátil, fécula particular, extrato com muriato de potassa, goma com fosfato de potassa, resina viscosa, lenho e água (ver Annales de Chimie, t.81)

   Propriedades. Erva estomacal, que os curandeiros dizem provocar urina e tirar as pontadas do peito. Seus verdadeiros efeitos são sudoríficos. Anislie diz que na Índia receita-se o chá da raiz contra as indigestões. A raiz aromática entra em muitas receitas farmacêuticas antigas. A dose da raiz em pó é de duas oitavas, e de meia onça em infusão.

 

 

Carregando...