História Natural. Planta indígena do Brasil e do Sul América de talo lactescente, que serve para cercas e guarnecem canteiros de jardins. Hoje, muito espalhada nas chácaras do Rio de Janeiro. O talo dicótomo cresce em zique-zague, tem as folhas inteiras, redondas, chanfradas, esbranquecidas por baixo, coriáceas, ovadas e pontudas de cor verde escura, planas e glabras, pegadas ao talo por pecíolos muito curtos. As flores são vermelhas, inodoras, irregulares, o cálice um pouco largo na base, pontudo na parte superior. Segundo Jacquin, observam-se quatro glândulas redondas, mellifera no centro da flor. O pedículo do ovário sai com o pistilo do cálice; estigma de três divisões ligeiramente bífidas.
Análise Química. A planta contém resina, cera, malato de cal, malato de potassa, matéria lenhosa, bassorina, óleo volátil e água (Braconnot e Pelletier, Ann. de Chim. t.68)
Propriedades. A resina é muito acre e tem as propriedades vomi-purgativas. O suco do talo é muito enérgico, e se cair nos olhos pode cegar, segundo asseveram alguns curiosos; porém, uma análise rigorosa não lhe confere princípios tóxicos. Segundo as recentes averiguações de Mr. Ricord, o suco contém Eufórbia, licor com consistência de xarope, arruivado, apresenta porção de cerina e de myricina e um extrato amargo, todas substâncias que não são ativas. Os cataplasmas das folhas amadurece os tumores glandulosos. Certos facultativos dão crédito ao uso do cozimento das mesmas em casos de sífilis inveterada. De toda a planta, a raiz é a parte menos ativa.