Erva tostão

Boerhavia hirsuta Linneo, Tangaraca Pison, Monandria Monogynia, Família das nyctagineas

Erva tostão

    História Natural. Segundo Wildenow, o caule é hirsuto, roliço e pubescente. As flores são incompletas, as folhas opostas e ovadas, a planta glutinosa; cálice das flores pequeno, de uma peça única, estreitada no seu orifício, donde se alarga em limbo campanulado, nada de corola, um ou três estames, fruto achatado e regoado, semente coberta pela base angulosa do cálice. Na descrição das duas espécies Boerhavia diffusa e Boerhavia hirsuta, elas pouco diferem: ambas possuem raízes dotadas de virtudes laxativas.

    Análise Química. A planta contém um princípio aromático, fécula, extrato gomoso, óleo volátil e aroma seco. 

    Propriedades. Faz-se uso da raiz e de toda a planta, a qual tem cheiro nauseabundo, sabor acre e virtude aperiente e diurética. A Erva tostão, diz Dr. Vicente Gomes da Silva, goza no Brasil de uma grande reputação como aperiente. Os práticos que têm acompanhado seus bons efeitos observam como o povo a usa. Ela se apresenta como uma das principais drogas no cozimento aperiente, geralmente usado no Rio de Janeiro, o qual é feito com a raiz da Erva tostão. Para isso, aproveita-se toda a planta, raízes de sapé macho e de  pariparoba e a grama. O sumo das folhas é excelente remédio para debelar a icterícia e combater os enfartes de fígado. Na província do Espírito Santo, usa-se dela em cozimento, bebidas, banhos e na cura das gonorreias. As plantas do gênero Boerhavia, que são assaz numerosas no Sul América, possuem peculiares virtudes. A Erva tostão é aplicada especificamente nas enfermidades do fígado. Receita-se a Boerhavia tuberosa contra a sífilis e a Boenhavia procumbens reputa-se purgativa e antifebril.

 

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